A Variação na Concordância Nominal na Língua Falada na Capital Alagoana
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-4876.2019v22n2p145Palavras-chave:
Variação, Concordância, Maceió.Resumo
Com base nos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista, analisa-se a correlação do uso da concordância nominal em Maceió e as variáveis linguísticas posição linear, classe gramatical e relação da classe gramatical com o núcleo; bem como, com as variáveis extralinguísticas escolaridade, faixa etária e sexo. Para isso analisam-se amostras de fala de 48 maceioenses estratificados através dos critérios: sexo, escolaridade (baixa escolaridade, ensino fundamental, ensino médio e ensino superior e faixa etária (dos 16 aos 35, dos 36 aos 55 e de 56 aos 80 anos). Verifica-se nesta pesquisa que a primeira posição, artigos, demonstrativos e possessivos antepostos são favorecedores da concordância nominal, como também que falantes mais escolarizados, pertencentes à faixa etária mais baixa e do sexo feminino são mais propensos ao uso da concordância. Ao comparar esses resultados com os de Pinheiro (2012), Silva (2014) e Brandão (2011) observa-se que escolaridade, sexo e posição linear correlacionam-se com a concordância de forma semelhante em Maceió, Belo Horizonte, São Paulo e Nova Iguaçu. Ao comparar a variável faixa etária, porém, observa-se que tanto em Brandão (2011) quanto em Silva (2014) a faixa intermediária destaca-se no uso do morfema de plural enquanto que nesta pesquisa os mais jovens destacam-se nesse uso.Downloads
Referências
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