Trabalho, sentidos e saúde mental: percepção de participantes em um projeto geração de renda
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2018v39n2p159Palavras-chave:
Saúde Mental, Reabilitação Psicossocial, Trabalho, Economia SolidáriaResumo
Este estudo objetivou analisar os sentidos do trabalho para os participantes de uma pesquisa-ação denominada “Projeto Geração de Renda” na região metropolitana do Recife/PE com intuito de gerar reflexões em direção ao conceito de trabalho emancipado segundo os princípios da economia solidária. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, com entrevistas não-estruturadas de 8 sujeitos da pesquisa-ação realizada sob a perspectiva freireana de educação popular. Utilizou-se a análise do discurso de Gill, tomando-se como referencial o sentido do trabalho no contexto da Política de Saúde Mental. Observou-se que os sentidos encontrados no discurso dos participantes se baseiam em diferentes concepções, sobretudo no sentido do trabalho como sustento das necessidades da sobrevivência humana, e desta maneira, como potencialidade para a reprodução da vida. No entanto, estes sentidos estão no âmbito do trabalho protegido-terapêutico e distanciados do trabalho emancipado. O processo de reabilitação psicossocial para pessoas com experiência na loucura e na perspectiva do trabalho precisa ir além de geração de renda. Quando atrelada ao trabalho emancipado, pode-se pensar que promova a participação democrática e cidadã. Dessa forma, há um terreno fértil para a construção de novas relações consigo e com os outros, pautadas nos princípios do movimento da economia solidária.Downloads
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