Aumento da frequência de Resistência à Insulina e Síndrome Metabólica em pacientes brasileiros com Lúpus Eritematoso Sistêmico: comparação entre doença ativa e não ativa

Autores

  • Marcell Alysson Batisti Lozovoy Universidade Norte do Paraná
  • Franciele Delongui Universidade Estadual de Londrina
  • Daniela Frizon Alfieri Universidade Estadual de Londrina
  • Tatiana Mayumi Veiga Iryioda Universidade Estadual de Londrina
  • Lorena Flor da Rosa Santos Silva
  • Isaías Dichi Universidade Estadual de Londrina
  • Andréa Name Colado Simão

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2014v35n1p61

Palavras-chave:

Lúpus Eritematoso Sistêmico, Insulina, Doença metabólica.

Resumo

Pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) tem maior prevalência de resistência à insulina (RI) e síndrome metabólica (SM) do que a população em geral. No entanto, atualmente, a frequência de RI e SM em pacientes com doença inativa ou em atividade não tem sido reportada. Os objetivos deste estudo foram verificar a freqüência de RI e SM em pacientes brasileiros com LES e avaliar se a atividade da doença interfere com essas duas condições. O estudo incluiu 130 indivíduos controles e 74 pacientes com LES. Pacientes com LES foram divididos em doença ativa (36 pacientes) e não ativa (38 pacientes). A RI foi verificada em 51,35% de pacientes com LES e apenas em 29,23% do grupo controle (p=0.0017, OR: 2.556, IC 95%: 1.413-4.621), enquanto a SM foi verificada em 33,78% de pacientes e 13,08% do grupo controle (p<0.0001, OR=4.644, CI 95%: 2.644-9.625). RI foi verificada em 63,89% dos pacientes com LES ativo e em 39,47% de pacientes com doença não ativa (OR: 2.781, IC 95%: 1.568-4.932, p=0.0004), enquanto 41,67% pacientes com LES ativo apresentaram critérios para SM comparado a apenas 26,32% com LES não ativo (OR: 2.061, IC 95%: 1.133-3.748, p=0.0169). O índice de massa corporal e o uso de corticosteroides foi significativamente maior no grupo com doença ativa. Este estudo reforça o risco aumentado de desenvolvimento de RI e SM em pacientes com LES, especialmente naqueles com doença ativa e corrobora com o papel da RI e da corticoterapia como principais mediadores entre a atividade da doença e a SM.

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Biografia do Autor

Marcell Alysson Batisti Lozovoy, Universidade Norte do Paraná

Farmacêutico/Bioquímico e docente temporário no Departamento de Patologia e Análises Clínicas da Universidade Estadual de Londrina. Doutor em Patologia Experimental pela Universidade Estadual de Londrina.

Franciele Delongui, Universidade Estadual de Londrina

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UEL - PR

Daniela Frizon Alfieri, Universidade Estadual de Londrina

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UEL – PR

Tatiana Mayumi Veiga Iryioda, Universidade Estadual de Londrina

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Patologia Experimental da UEL - PR

Lorena Flor da Rosa Santos Silva

Residente em Análises Clínicas da da UEL – PR

Isaías Dichi, Universidade Estadual de Londrina

Doutor em Medicina e Ciência da Saúde. Professor adjunto do Departamento de Patologia, análises clícnicas e toxicologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Londrina - UEL.

Andréa Name Colado Simão

Doutora em Medicina e Ciências da Saúde pela UEL. Professor adjunto C do departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicologia (PAC) do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Londrina - UEL,

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Publicado

2014-04-05

Como Citar

1.
Lozovoy MAB, Delongui F, Alfieri DF, Iryioda TMV, Flor da Rosa Santos Silva L, Dichi I, et al. Aumento da frequência de Resistência à Insulina e Síndrome Metabólica em pacientes brasileiros com Lúpus Eritematoso Sistêmico: comparação entre doença ativa e não ativa. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 5º de abril de 2014 [citado 3º de novembro de 2024];35(1):61-74. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/18999

Edição

Seção

Artigos