Efeito anti-inflamatório do gengibre e possível via de sinalização
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2014v35n1p149Palavras-chave:
Zingiber officinale Roscoe, Gingerol, Shogaol, Inflamação.Resumo
O gengibre (Zingiber officinale Roscoe) vem sendo utilizado tanto na medicina natural tradicional quanto contemporânea, sendo descritos mais de 115 componentes do gengibre fresco e seco. Dentre esses componentes, os compostos fenólicos, gingerol e o shoagol, têm sido amplamente estudados apresentando diferentes propriedades destas moléculas como efeito antipirético, analgésico, inibidor da angiogênese, atividades imunomoduladoras, entre outras. Esta revisão tem como objetivo apresentar os componentes do gengibre assim como o seu efeito antagônico sobre o lipopolissacarídeo (LPS), propriedade anti- inflamatória e possível via de sinalização envolvida. O efeito do gengibre sobre o LPS consiste na inibição da produção de Interleucina 12 (IL -12), resultando em menor ativação de macrófagos induzidos pelo LPS; diminuição na expressão de moléculas co-estimulatórias e expressão de MHC classe II e diminuição de Interleucina 2 (IL-2), suprimindo a ativação e proliferação de células T CD4+. A propriedade anti-inflamatória do composto está relacionada com a capacidade de modular o linfócito T, de forma a inibir a eosinofilia, reduzir a quantidade de mastócitos, inibir a liberação de IL-4 e reduzir a resposta Th2. Além disso, pode ocorrer inibição da translocação da subunidade p65 para o núcleo e inibição da fosforilação do complexo IkB-?, culminando com a diminuição dos níveis de COX- 2. Através deste estudo, podemos concluir que componentes do gengibre podem atuar antagonicamente sobre o efeito de ativação do LPS em macrófagos, conduzindo um efeito imunomodulador e anti-inflamatório, no qual a possível via de sinalização afetada seja do NFkB com envolvimento das MAPquinases.
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