A realidade da atenção a idosos portadores da doença de Alzheimer: uma análise a partir de idosos atendidos em serviços públicos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2010v31n1p71Palavras-chave:
Alzheimer, Processo de diagnóstico, Terapêuticas, Entidades de apoio social e financeiro.Resumo
Com a elevação da expectativa de vida, temos um aumento na prevalência de doenças crônico-degenerativas, entre elas a doença de Alzheimer (DA). A DA é uma doença neurodegenerativa progressiva, responsável pela perda da função cognitiva e autonomia. Atualmente, não dispomos de medidas capazes de interromper ou modificar seu curso, então se torna indispensável a assistência interdisciplinar nos diferentes estágios. Os objetivos do estudo foram: identificar as características sócio-econômicas dos portadores de Alzheimer; descrever o processo de diagnóstico da doença; identificar os recursos terapêuticos utilizados pelos idosos. Estudo quantitativo, com entrevista a 22 idosos de um ambulatório público especializado, com aplicação da escala de Katz, Lawton, Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Os idosos eram, na maioria, mulheres, casadas (50%), com média etária de 80,2 anos. Os cuidadores eram mulheres (59%), com média de idade de 61,5 anos, e a maioria eram filhos, seguidos pelos cônjuges. Dedicavam mais de oito horas diárias de cuidado ao idoso, sem rodízio com outros familiares e 50% dos idosos contavam com a ajuda financeira de filhos e apoio de grupos sociais. Sessenta e três (63,6%) dos idosos apresentam dependência parcial para Atividade de Vida Diária Instrumental (AVDI). A maioria dos diagnósticos foi confirmada no ambulatório de especialidades por neurologistas. Os idosos usavam tratamento medicamentoso e nenhum realizava terapêuticas não-farmacológicos.
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