Doseamento de comprimidos partidos de hidroclorotiazida para verificar a uniformidade de dose unitária
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2024v45n2p169Palavras-chave:
Anti-hipertensivos, Dosagem, EspectrofotometriaResumo
Uma prática comum entre a população é a partição de comprimidos, que consiste em submetê-los a uma divisão física, originando duas ou mais frações iguais, geralmente com facas ou partidores específicos. Normalmente, ela é feita com o objetivo de flexibilização de dose ou redução de custos. Dessarte, o esperado é que as partes subdivididas apresentem a mesma dosagem, que deve equivaler à metade da dosagem do comprimido inteiro. No entanto, muitas vezes, verifica-se a desigualdade entre as partes quando há divisão e a perda do produto. Assim, o presente estudo tem como objetivo avaliar se, quando um paciente parte um comprimido, ele realmente obtém metade da dose. Para isso, foi realizado o procedimento de Uniformidade de Dose Unitária, por método espectrofotométrico, conforme descrito na Farmacopeia Brasileira (6ª edição) para comprimidos inteiros, com ajuste das diluições para meio comprimido. Foram testados comprimidos de hidroclorotiazida de 25 mg de quatro fabricantes diferentes, sendo três genéricos e um referência, para comparação dos resultados. Em suma, os experimentos demonstraram que a partição de comprimidos não é eficiente, originando duas metades com massas diferentes e, consequentemente, dosagens diferentes. Considerando que as partes obtidas não são iguais, isso pode acarretar uma sub ou sobredosagem. Entretanto, não se pode generalizar que a prática não deve ser realizada, devendo sempre analisar qual o medicamento e as vantagens e desvantagens. Para a decisão, é importante a discussão com profissionais de saúde buscando alternativas e, caso a prática se faça realmente necessária, qual a melhor forma de realizá-la.
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