Incidência de sífilis no estado do Rio de Janeiro e no município de Seropédica nos anos de 2010 a 2022

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2024v45n1p13

Palavras-chave:

Sífilis, Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), Incidência, Educação Interprofissional

Resumo

 Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que sinaliza a necessidade de efetivas políticas públicas devido ao aumento de casos na última década. Dessa forma, o objetivo do trabalho é descrever a incidência de sífilis no estado do Rio de Janeiro e no município de Seropédica.
Métodos: foi realizado um estudo descritivo, com abordagem quantitativa. A coleta dos dados foi realizada por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), referentes ao município de Seropédica e ao estado do Rio de Janeiro, no período de 2010 a 2022.
Resultados: foram identificados 105.138, 79.609 e 42.819 casos de sífilis adquirida, em gestantes e congênita, respectivamente, no estado do Rio de Janeiro e 187, 140 e 79 casos de sífilis adquirida, em gestantes e congênita, respectivamente, no município de Seropédica. Foi observado uma incidência maior para sífilis adquirida entre homens em comparação com mulheres tanto no estado do Rio de Janeiro (62.719 versus 42.346) quanto no município de Seropédica (110 versus 77). Houve um aumento nas taxas de incidência de sífilis no estado do Rio de Janeiro e no município de Seropédica ao longo dos anos.
Conclusão: a sífilis segue sendo uma doença com alta incidência no território do Rio de Janeiro. Nesse sentido, é importante elaborar estratégias em saúde pública mais efetivas às pessoas acometidas por tal infecção.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Juliana Miranda Pontes Mattos, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRRJ

Graduação em Farmácia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil.

Julio Cesar Fernandes Proença Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Mestrado em Ecologia e Evolução pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Isabella Paz Ribeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Mestranda em Psicologia Social na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Paloma Anorita de Aquino, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

Graduação em Farmácia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil.

Juliana Manhães Barbosa dos Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

Graduação em Farmácia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil.

José Lucas da Silva, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

Graduação em Farmácia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil.

Lucas Suisso de Oliveira, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

Graduação em Psicologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil.

Graziela dos Santos Massa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Mestrado em Odontologia (Endodontia) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Jaqueline Rocha Borges dos Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

Doutorado em Ciências Biológicas (Farmacologia) pela Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, São Paulo, Brasil. Professora Adjunta da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil.

Patrícia Fampa Negreiros Lima, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

Doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. Professora Associada da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil.

Tácio de Mendonça Lima, Universidade Federal Fluminense - UFF

Doutorado em Ciências (Fármaco e Medicamentos) pela Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, São Paulo, Brasil. Professor Adjunto da Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Referências

Adorno IA, Queiroz BG, Lara TM, Ferreira RD, Braga ACBP, Salim TR. O que mudou na incidência da sífilis no estado do Rio de Janeiro de 2009 a 2019. Revista de Saúde 2021;12:64-72. doi: 10.21727/rs.v12i1.2467. DOI: https://doi.org/10.21727/rs.v12i1.2467

Araújo EC, Monte PCB, Haber ANCA. Avaliação do pré-natal quanto à detecção de sífilis e HIV em gestantes atendidas em uma área rural do estado do Pará, Brasil. Rev Pan-Amaz Saude. 2018;9:7-7. doi: 10.5123/s2176-62232018000100005. DOI: https://doi.org/10.5123/S2176-62232018000100005

Araújo TAM, Vasconcelos ACCP, Pessoa TRRF, Forte FDS. Multiprofissionalidade e interprofissionalidade em uma residência hospitalar: o olhar de residentes e preceptores. Interface. 2017;21:601-3. doi: 10.1590/1807-57622016.0295. DOI: https://doi.org/10.1590/1807-57622016.0295

Arruda LS, Moreira COF. Colaboração interprofissional: um estudo de caso sobre os profissionais do Núcleo de Atenção ao Idoso da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (NAI/UERJ), Brasil. Interface. 2017;22:199-210. doi: 10.1590/1807-57622016.0613. DOI: https://doi.org/10.1590/1807-57622016.0613

Chiacchio A, Escobar ND, Gilo NF, Bedran SC, Prieb A, Sousa MTB. Perfil epidemiológico de sífilis adquirida nas regiões do Brasil no período de 2010 a 2019. Revista Amazônia: Science & Health 2020;8:51-63. doi: 10.18606/2318-1419/amazonia.sci.health.v8n2p51-63. DOI: https://doi.org/10.18606/2318-1419/amazonia.sci.health.v8n2p51-63

Domingues RMSM, Leal MC. Incidência de sífilis congênita e fatores associados à transmissão vertical da sífilis: dados do estudo Nascer no Brasil. Cad Saúde Pública. 2016;32:20. doi: 10.1590/0102-311X00082415. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00082415

Domingues, RMSM, Saracen V, Hartz ZMA, Leal MC. Sífilis congênita: evento sentinela da qualidade da assistência pré-natal. Rev Saúde Pública 2013;47:147-57. doi: 10.1590/S0034-89102013000100019. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89102013000100019

Duarte G. Sífilis e a gravidez… e a história continua! Rev Bras Ginecol Obstet. 2012;34:49-51.

Fagundes RN, Souza LM, Paivo ACHS. Incidência de sífilis adquirida no município de São João del Rei-MG no período de 2015 a 2018. Braz J Develop 2020;6:58834-85842. doi: 10.34117/bjdv6n8-336. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv6n8-336

Figueiró-Filho EA, Gardenal RVC, Assunção LA, Costa GR, Periotto CRL, Vedovatte CA et al. Sífilis congênita como fator de assistência pré-natal no município de Campo Grande–MS. DST J Bras Doenças Sex Transm. 2007;19:139-43.

Holanda MTCG, Barreto MA, Machado KMM, Pereira RC. Perfil epidemiológico da sífilis congênita no Município do Natal, Rio Grande do Norte - 2004 a 2007. Epidemiol Serv Saúde. 2011;20:203-12. doi: 10.5123/S1679-49742011000200009. DOI: https://doi.org/10.5123/S1679-49742011000200009

Lafetá KRG, Martelli Júnior H, Silveira MF, Paranaíba LMR. Sífilis materna e congênita, subnotificação e difícil controle. Rev Bras Epidemiol. 2016;19:63-74. doi: 10.1590/1980-5497201600010006. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-5497201600010006

Ministério da Saúde (BR). DATASUS. Tabnet. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2023. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet.

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Sífilis. Bolet Epidemiol [Internet]. 2022[citado 2023 out 12];(n esp). Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2022/boletim-epidemiologico-de-sifilis-numero-especial-out-2022

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Sistema de informação de agravos de notificação (Sinan): Indicadores e Dados Básicos da Sífilis nos Municípios Brasileiros. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2023. Disponível em: http://indicadoressifilis.aids.gov.br.

Noronha ACC, Israel MS, Almeida DCF, Moreira GM, Lourenço SQC, Dias EP. Sífilis secundária: diagnóstico a partir das lesões orais. DST J Bras Doenças Sex Transm. 2006;18:190-3.

Rezende EMA, Barbosa NB. A sífilis congênita como indicador da assistência de pré-natal no estado de Goiás. Rev APS [Internet]. 2015 [citado 2023 set 12];18:2. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/15536/8153

Ribeiro DAPCG, Morais MOS. A importância do exame de sífilis no pré-natal. Inova Saúde 2023;13:119-27. doi: 10.18616/inova.v13i2.6067. DOI: https://doi.org/10.18616/inova.v13i2.6067

Rio de Janeiro. Secretaria de Estado de Saúde. Subsecretaria de Vigilância em Saúde. Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental. Boletim Epidemiológico Sífilis Adquirida, Materna e Congênita n.1/2018. Rio de Janeiro: Secretaria de Estado de Saúde; 2018.

Soares KKS, Prado TN, Zandonade E, Moreira-Silva SF, Miranda AE. Análise espacial da sífilis em gestantes e sífilis congênita no estado do Espírito Santo, 2011-2018. Epidemiol Serv Saúde 2020;29:1-11. DOI: https://doi.org/10.5123/S1679-49742020000100018

Sonda EC, Richter FF, Boschetti G, Casasola MP, Krumel CF, Machado CPH. Sífilis Congênita: uma revisão da literatura. Rev Epidemiol Control Infect. 2013;3:28-30. doi: 10.17058/reci.v3i1.3022. DOI: https://doi.org/10.17058/reci.v3i1.3022

Tiago ZS, Picoli RP, Graeff SVB, Cunha RV, Arantes R. Subnotificação de sífilis em gestantes, congênita e adquirida entre povos indígenas em Mato Grosso do Sul, 2011-2014. Epidemiol Serv Saúde. 2017;26:503-12. doi: 10.5123/s1679-49742017000300008. DOI: https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000300008

Downloads

Publicado

2024-04-26

Como Citar

1.
Mattos JMP, Fernandes Proença Gomes JC, Ribeiro IP, Aquino PA de, Santos JMB dos, Silva JL da, et al. Incidência de sífilis no estado do Rio de Janeiro e no município de Seropédica nos anos de 2010 a 2022. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 26º de abril de 2024 [citado 6º de dezembro de 2024];45(1):13-26. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/49111

Edição

Seção

Artigos