A terapia anti-TNF-a na artrite reumatóide
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2011v32n1p77Palavras-chave:
Artrite reumatóide, Terapia anti-TNF-a, Patogênese.Resumo
A Artrite Reumatóide é uma doença crônica, sistêmica, autoimune, de etiologia desconhecida, que envolve predominantemente as articulações sinoviais, o que pode acarretar deformidade e destruição das mesmas. Com a progressão da doença, os pacientes com Artrite Reumatóide desenvolvem incapacidade para realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional, gerando um impacto econômico significativo para o paciente e para a sociedade. Embora a causa exata da Artrite Reumatóide permaneça desconhecida, estudos realizados ao longo das duas últimas décadas possibilitaram maior compreensão da patogenia desta doença. Este conhecimento vem permitindo o desenvolvimento de novas terapias usadas para tratar as formas mais graves da doença. O principal objetivo do tratamento é atingir a remissão, no entanto, quando este não for possível, espera-se a prevenção do dano articular e da perda da função e ainda redução da dor. As mais recentes estratégias para o tratamento da Artrite Reumatóide envolvem o diagnóstico precoce e o controle agressivo do processo inflamatório. O reconhecimento de citocinas pró-inflamatórias mais expressas como o fator de necrose tumoral ? (TNF-?) e interleucina (IL) 1 e IL6 possibilitou o surgimento de novas terapias dirigidas contra essas citocinas alvos. O TNF-? é uma citocina pró-inflamatória que desempenha papel chave na resposta imune, na defesa contra microrganismos e no processo inflamatório. Agentes biológicos que inibem o TNF-? são considerados eficazes na redução da atividade e no retardamento do dano estrutural articular na Artrite Reumatóide, em especial nas formas refratárias aos tratamentos convencionais. Atualmente, estão disponíveis no mercado brasileiro, três agentes anti-TNF-?: infliximabe, etanercepte e adalimumabe. Estes agentes são relativamente seguros para Artrite Reumatóide, mas podem, no entanto, apresentar complicações infecciosas graves, como a reativação da tuberculose latente. O alto custo dessas drogas, seu uso em nível hospitalar e o risco a infecções oportunistas permanecem como fatores limitantes para sua ampla utilização no tratamento da Artrite Reumatóide em nosso meio. Este estudo tem como objetivo destacar a importância do surgimento de novas terapias com intuito de atenuar a progressão da Artrite Reumatóide, bem como analisar risco-benefício oferecidos pelo respectivo tratamento e ainda avaliar viabilidade e custo do mesmo.
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