Análise cariotípica da espécie Artibeus cinereus (Stenodermatinae, Mammalia, Chiroptera) através de citogenética clássica e molecular

Autores

  • Júlia Gabrielle Carvalho Nascimento Instituto Federal do Pará
  • Edivaldo Herculano de Oliveira Instituto Evandro Chagas
  • Roney Silva da Silva Universidade Federal do Pará
  • Marcelo de Bello Cioffi Universidade Federal de São Carlos
  • Anderson José Baía Gomes Instituto Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp73

Palavras-chave:

Morcegos, Artibeus, Citogenética

Resumo

A ordem Chiroptera é composta por mamíferos voadores com uma extensa variação morfológica, correlacionada aos diferentes nichos ecológicos que ocupam. A família Phylostomidae é considerada um dos grupos taxonômicos mais bem conhecidos do ponto de vista morfológico, genético e citogenético, e atualmente é composta por 11 subfamílias. Dentre elas, destaca-se a subfamília Stenodermatinae, por apresentar extensa diversidade cromossômica, com número diploide variando de 2n=14 a 2n=44, e com grande parte das espécies já estudadas citogeneticamente apresentando 2n=30/31 com sistema múltiplo de determinação sexual (XX,XY1Y2). O gênero Artibeus (Phylostomidae, Stenodermatinae) apresenta status taxonômico ainda confuso, comprometendo o entendimento acerca de suas relações filogenéticas. Dessa forma, estudos citogenéticos podem representar importantes ferramentas para análise da evolução das espécies deste gênero, identificando os mecanismos de diferenciação genética e cromossômicas entre espécies relacionadas. O objetivo deste trabalho foi descrever o cariótipo da espécie Artibeus cinereus, coletada na região do Baixo Tocantins, no município Abaetetuba - PA, Brasil. Foram empregados métodos de citogenética clássica (Bandeamento G e C) e Hibridização in situ Fluorescente (FISH) com sondas dos microssatélites (CAA), (CAC) e (CGG). A. cinereus apresentou cariótipo com 2n=30 e NF = 56. Os microssatélites (CAC) e (CGG) apresentaram marcações tênues dispersas no genoma, na sua maioria coincidentes com as regiões DAPI negativas e regiões teloméricas, sendo que as sondas CAC produziram duas marcações, intertiscial e distal, no braço curto do par 3 e braço curto do par 9, enquanto CGG marcou a região pericentromérica do par 10, 13, X, braço curto do par 5 e um homólogo do par 8. A sondas CAA marcaram as regiões pericentromérica dos pares 5, 10, 13 e X; Estas marcações foram coincidentes com as regiões de heterocromatina e possivelmente representam resquícios de rearranjos cromossômicos (sonda CAC- par 3). O mapeamento físico destes marcadores em outras espécies do gênero Artibeus será essencial para a elucidação dos padrões de diferenciação genômica em espécies com cariótipos morfologicamente semelhantes.

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Biografia do Autor

Júlia Gabrielle Carvalho Nascimento, Instituto Federal do Pará

Graduação em Ciências Biológicas, IFPa, Abaetetuba-Pará / Instituto Evandro Chagas, Belém-PA

Edivaldo Herculano de Oliveira, Instituto Evandro Chagas

Instituto Evandro Chagas, Belém-PA

Roney Silva da Silva, Universidade Federal do Pará

Aluno de mestrado em Genética e Biologia Molecular – UFPA. Belém - PA

Marcelo de Bello Cioffi, Universidade Federal de São Carlos

Universidade Federal de São Carlos

Anderson José Baía Gomes, Instituto Federal do Pará

Professor EBTT IFPA – Abaetetuba - PA

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

1.
Nascimento JGC, Oliveira EH de, Silva RS da, Cioffi M de B, Gomes AJB. Análise cariotípica da espécie Artibeus cinereus (Stenodermatinae, Mammalia, Chiroptera) através de citogenética clássica e molecular. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 16º de fevereiro de 2018 [citado 26º de dezembro de 2024];38(1supl):73. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/29851