Inferências Evolutivas e Citotaxonômicas em duas famílias de Pentatomomorpha (Heteroptera)

Autores

  • Tatiani Seni de Souza Firmino Universidade Estadual Paulista
  • Diogo Cavalcanti Cabral de Mello Universidade Estadual Paulista
  • Mary Massumi Itoyana Universidade Estadual Paulista

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp189

Palavras-chave:

Coreidae, Pentatomidae, Percevejos

Resumo

A infraordem Pentatomomorpha possui famílias com características macro-cromossômicas distintas, apresentando diferentes complementos cromossômicos. Essa diferenciação é observada, por exemplo, entre as famílias Coreidae e Pentatomidae. Considerando as inconsistências ainda existentes nessa infraordem, o emprego de técnicas citomoleculares (com ênfase citotaxonômica), pode auxiliar no entendimento de algumas relações entre os táxons ainda não resolvidas. Com o intuito de traçar os processos evolutivos de Pentatomomorpha, dez espécies foram analisadas, utilizando a sonda de DNAr 18S, sendo seis representantes de Coreidae (Corocoris fuscus, Corocoris sp, Dalacoris pictus, Dalacoris obscura, Anasa Bellator e Acantocephala parensis) e 4 de Pentatomidae (Loxa virencis, Mormidae v-luteum, Odmalea sp e Thyanta perditor). O número diploide nos Coreidae variou entre 2n= 18 (Dalacoris pictus, Dalacoris obscura, Anasa Bellator e Acantocephala parensis) e 2n=21 (Corocoris fuscus e Corocoris sp), com o sistema cromossômico do sexo sendo invariavelmente XO e apresentando micro cromossomos. Já nos representantes de Pentatomidae o sistema cromossômico do sexo observado foi o XY, com o numero diploide de 2n= 12. Para todas as espécies estudadas, os sítios de DNAr 18S foram localizados principalmente nos autossomos, sendo observados dois clusters, com localização terminal. Padrões variantes foram observados em duas espécies: Acantocephala parensis (Coreidae) com os clusters nos micro cromossomos e Odmalea sp (Pentatomidae), no cromossomo sexual X. Essa variação na localização do 18S de ambas famílias, sugere que os mecanismos que poderiam causar a dispersão dos sítios de DNAr 18S estão operando eficientemente tanto em Pentatomidae quanto em Coreidae. Geralmente, entre diferentes grupos de insetos, essa variabilidade é descrita como sendo causada por recombinação ectópica e/ou movimento associado com os elementos transponíveis. Houve variação, na localização do gene 18S, na família Pentatomidae evidenciando que apesar da extrema conservação do complemento cromossômico na família, em nível de clusters de DNAr 18S ocorrem variações. Assim, continuaremos com as análises nessas famílias e ampliaremos a quantidade de famílias estudadas, a fim de traçarmos os processos evolutivos, que possivelmente ocorreram durante a evolução cromossômica dos Pentatomomorfos.

 

Processo FAPESP 2016/10135-9

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Biografia do Autor

Tatiani Seni de Souza Firmino, Universidade Estadual Paulista

Universidade Estadual Paulista (UNESP) “Júlio de Mesquita Filho” São José do Rio Preto - SP

Diogo Cavalcanti Cabral de Mello, Universidade Estadual Paulista

Universidade Estadual Paulista (UNESP) “Júlio de Mesquita Filho” Rio Claro - SP

Mary Massumi Itoyana, Universidade Estadual Paulista

Universidade Estadual Paulista (UNESP) “Júlio de Mesquita Filho” São José do Rio Preto - SP

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

1.
Firmino TS de S, Cabral de Mello DC, Itoyana MM. Inferências Evolutivas e Citotaxonômicas em duas famílias de Pentatomomorpha (Heteroptera). Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 16º de fevereiro de 2018 [citado 14º de dezembro de 2024];38(1supl):189. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/29528