Como os dados citogenéticos podem ajudar no entendimento da diversidade críptica em Hypsiboas crepitans (Anura, Hylidae)

Autores

  • Marcelle Amorim Carvalho Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Millena Santos Figueredo Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Miguel Trefaut Rodrigues Universidade de São Paulo
  • Patrik Ferreira Viana Universidade de São Paulo
  • Caroline Garcia Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
  • Eliana Feldberg Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp134

Palavras-chave:

Complexo de espécies, Evolução cariotípica, Rearranjos cromossômicos

Resumo

Pertencente à família Hylidae e subfamília Cophomantinae, Hypsiboas crepitans é uma espécie de anuro considerada de ampla distribuição, embora esta seja restrita a duas grandes áreas desconectas localizadas no norte da América do Sul e na parte nordeste e sudeste do Brasil, ocupando áreas de Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Caatinga e formações de Cerrado. Dados biológicos de diferentes naturezas indicam a presença de diversidade críptica para o grupo e afim de acessar esta diversidade utilizamos marcadores citogenéticos clássicos na caracterização de populações de H. crepitans provenientes dos municípios de Jequié-BA, Maracás-BA, Itapetinga-BA, distrito de Florestal-BA, São Roque do Canaã-ES e Caracaraí-RR. Todos os indivíduos analisados apresentaram 2n=24 e NF=48, que são números característicos tanto para o gênero Hypsiboas quanto para família Hylidae, sem diferenças entre os sexos. Foram observadas diferenças na composição cariotípica de cada população, embora os pares cromossômicos 1, 2, 9, 11 e 12 apresentem morfologia conservada. As RONS mostraram-se simples e localizadas intersticialmente nos braços longos dos pares 7 (Jequié), 8 (Caracaraí), 10 (São Roque do Canaã), e 11 (Florestal, Maracás e Itapetinga). A localização e número de blocos de heterocromatina permitiram identificar marcadores cromossômicos que separam as populações da Bahia e Espírito Santo da população amazônica, sugerindo maior proximidade evolutiva entre as populações do nordeste e sudeste brasileiro. Tais diferenças na macro e microesturura cromossômica são possivelmente frutos de rearranjos, principalmente inversões pericêntricas, e indicam a presença de formas genéticas distintas dentro do que se considera uma unidade evolutiva, reforçando a proposta da existência de um complexo de espécies para o grupo.

Apoio: Estudos citogenéticos e citogenômicos da biodiversidade da Amazônia, com implementação de avanços técnicos. (AUXPE – Pró Amazônia, CAPES 3297/2013/Processo nº 23038.009446/2013-09)

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Biografia do Autor

Marcelle Amorim Carvalho, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Jequié-BA / PPG Genética, Conservação e Biologia Evolutiva, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Manaus-AM

Millena Santos Figueredo, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Jequié-BA

Miguel Trefaut Rodrigues, Universidade de São Paulo

Universidade de São Paulo (USP), São Paulo-SP

Patrik Ferreira Viana, Universidade de São Paulo

Universidade de São Paulo (USP), São Paulo-SP

Caroline Garcia, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Jequié-BA

Eliana Feldberg, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

PPG Genética, Conservação e Biologia Evolutiva, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Manaus-AM

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

1.
Carvalho MA, Figueredo MS, Rodrigues MT, Viana PF, Garcia C, Feldberg E. Como os dados citogenéticos podem ajudar no entendimento da diversidade críptica em Hypsiboas crepitans (Anura, Hylidae). Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 16º de fevereiro de 2018 [citado 26º de dezembro de 2024];38(1supl):134. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/29513