Diversidade no tamanho de genoma em Solanaceae Juss.
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp155Palavras-chave:
Conteúdo de DNA, Elementos repetitivos, Evolução cromossômicaResumo
A família Solanaceae é caracterizada por agrupar espécies com características cariotípicas conservadas a nível genérico. O número cromossômico constante e cariótipos geralmente simétricos compostos por cromossomos metacêntricos têm sido observados em muitos trabalhos para o grupo. Apesar dessa uniformidade, o tamanho do genoma apresenta uma maior diversidade e varia independentemente do número cromossômico. Nesse sentido, esse trabalho objetivou determinar a quantidade de DNA nuclear em 15 espécies pertencentes a cinco gêneros da família Solanaceae com número cromossômico já conhecido (todas no nível 2x, variando de 2n=16 a 2n=24, exceto Physalis pubescens L., com 2n=4x=48), no intuito de se compreender melhor a evolução cariotípica no grupo. As análises foram realizadas através da maceração de folhas jovens das espécies de interesse juntamente com uma porção do mesmo tecido da espécie Pisum sativum “Ctirad”, utilizado como padrão de referência. O tampão LB01 foi utilizado para a dissociação celular e extração dos núcleos das amostras. As suspensões celulares foram coradas com iodeto de propídeo e as medidas foram realizadas para cada espécie, em três indivíduos com três repetições cada, no citômetro de fluxo BD FACs Calibur. Para a comparação dos dados observados, foi realizada uma análise de variância simples (ANOVA), seguida de teste de Tuckey, através do softwere Infostat. De acordo com as análises estatísticas, o tamanho do genoma apresenta diferenças significativas entre as espécies estudadas, variando cerca de oito vezes, de 2C= 2.6 pg (Solanum flaccidum Vell.) a 2C= 20.3 pg (Cestrum laevigatum Schltdl.). De acordo com os resultados obtidos, as espécies foram separadas em três grupos: genomas muito pequenos (1C<1,4 pg), pequenos (1,4<1C<3.5 pg) e intermediários (3,51<1C<13,99 pg). A maioria das espécies possui genomas considerados pequenos. Existem dois principais fatores associados a variações no tamanho de genoma em plantas, eventos de poliploidia e incremento ou deleção de porções repetitivas do DNA (principalmente elementos transponíveis). Em Solanaceae, existem poucos grupos com relatos de poliploidia, assim provavelmente, a variação observada no tamanho do genoma, bem como a evolução cariotípica, pode estar associada aos elementos repetitvos.Downloads
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