Poliploidia em Psidium L. (Myrtaceae): Reconstrução de caráter ancestral

Autores

  • Raquel Moura Machado Universidade Estadual de Campinas
  • Itayguara Ribeiro da Costa Universidade Federal do Ceará
  • Eliana Regina Forni Martins Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp220

Palavras-chave:

Citótipos, Filogenia, Poliploidia ancestral

Resumo

Psidium L. (Myrtaceae Juss.) possui cerca de 92 espécies distribuídas predominantemente na região Neotropical, com algumas espécies amplamente cultivadas pelo globo. Entre os gêneros nativos de Myrteae, Psidium apresenta o mais elevado número de registros poliploides, que seguem uma multiplicação do número básico da família (x=11), variando de 2n=22 a 132. Espécies poliploides funcionam como modelos para estudos evolutivos, pois fornecem evidências sobre o um rearranjo numérico promotor de especiação e diversificação em mais de 80% das plantas. Acredita-se que a poliploidia, desempenha importante papel na evolução desse gênero, assim as contagens cromossômicas representam a base para entender alguns dos processos evolutivos em Psidium. Este trabalho objetivou investigar o estado de caráter cromossômico (diploide ou poliploide) ancestral no gênero. Para isso, construímos uma árvore filogenética com sequências de marcadores nucleares (ITS, ETS) e plastidiais (psbA-trnH e ndhF) para 14 espécies e cinco táxons próximos que também dispunham de dados cromossômicos. As sequências de DNA fazem parte da filogenia de Psidium (in prep.). Compilamos os dados disponíveis até o momento de contagens cromossômicas, já publicados e outros de estudos em andamento. Foi realizada análise de inferência Bayesiana usando uma matriz combinada com os quatro marcadores e uma reconstrução de estado de caráter usando a árvore obtida no programa Mesquite v.3.0. O mapeamento de estado de caráter ancestral mostrou que a maioria (64%) das espécies do gênero divergiu por eventos de poliploidia. De acordo com o atual conhecimento, o estado diploide é conhecido em uma baixa porcentagem de espécies do gênero Psidium, em aproximadamente ca. 7% (sete espécies: P. araucanum Soares-Silva & Proença, P. australe var australe, P. chinense Loudon, P. friedrichstalianum (O. Berg) Nied, P. guajava L., P. guinense Sw., P. sartorianum (O. Berg) Nied.), e em algumas espécies são conhecidas apenas registros poliploides, como é o caso de P. cattleianum Sabine, com 2n > 33. Novas análises para entender o tipo de origem da poliploidia estão sendo conduzidas atualmente e auxiliarão para entender o mecanismo de origem e diversificação (se aloploliploidia, autopoliploidia ou hibridização) do gênero Psidium.

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Biografia do Autor

Raquel Moura Machado, Universidade Estadual de Campinas

Universidade Estadual de Campinas, Campinas - São Paulo

Itayguara Ribeiro da Costa, Universidade Federal do Ceará

Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-Ceará

Eliana Regina Forni Martins, Universidade Estadual de Campinas

Universidade Estadual de Campinas, Campinas - São Paulo

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

1.
Machado RM, Costa IR da, Forni Martins ER. Poliploidia em Psidium L. (Myrtaceae): Reconstrução de caráter ancestral. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 16º de fevereiro de 2018 [citado 27º de abril de 2024];38(1supl):220. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/29379