Avaliação do potencial genotóxico em Astyanax altiparanae (Pisces, Characidae) submetidos ao agrotóxico 2-4 Diclorofenoxiacético através de métodos citogenéticos

Autores

  • Layon Zafra Lemos Universidade Estadual de Maringá
  • Ana Camila Prizon Universidade Estadual de Maringá
  • Andréa Cius Universidade Estadual de Maringá
  • Leandro Ranucci Universidade Estadual de Maringá
  • Camila Borges Gazolla Universidade Estadual de Maringá
  • Luara Lupepsa Universidade Estadual de Maringá
  • Pablo Américo Barbieri Universidade Estadual de Maringá
  • Júlio Henrique Oliva Universidade Estadual de Maringá
  • Luciana Andréia Borin Carvalho Universidade Estadual de Maringá
  • Ana Luiza de Brito Portela Castro Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp102

Palavras-chave:

Aberrações cromossômicas, Alterações morfológicas nucleares, Agrotóxico

Resumo

Os agrotóxicos têm sido utilizados como um modelo de estudos em ecotoxicologia e quando atingem ambientes aquáticos podem ser altamente impactantes, reduzindo a biodiversidade. Diversos poluentes podem causar danos genotóxicos em peixes, resultando em aberrações cromossômicas (AC), como quebras cromossômicas ou cromatídicas, gaps, micronúcleos (MN) e, ainda alterações morfológicas nucleares em hemácias (AMN). Assim, o presente estudo tem por objetivo avaliar possíveis danos citogenéticos (aberrações cromossômicas e micronúcleos) e morfológicos (análise nuclear das hemácias) em espécimes de A. altiparanae (obtidos comercialmente), quando expostos ao agrotóxico comercial 2-4- Diclorofenoxiacético. Este composto atua como hormônio regulador do crescimento de ervas perenes e de folhas largas, em culturas de milho, cana-de-açúcar e pastagens sendo amplamente utilizado na agricultura. Os testes foram realizados em 24 espécimes (18 fêmeas e 06 machos) os quais, inicialmente, foram acondicionados e mantidos em aquários com água desclorada, aeração e temperatura ambiente, por aproximadamente 10 dias. Após esse período, os peixes foram distribuídos em 04 aquários (10L de água), sendo colocados 06 indivíduos em cada um; um aquário foi estabelecido como controle negativo contendo somente água e nos demais (3) foram adicionadas soluções de 2-4 D com as concentrações de 25, 70, 80 ?l/10L. Os peixes receberam estes tratamentos durante 24h para cada concentração. Dentre as 70 metáfases analisadas, no grupo controle não foram encontradas AC, contudo, nas concentrações de 25 e 70 ?l/10L, encontramos 04 quebras cromatídicas (5,71%) e 03 gaps cromatídicos (4,28%). Para análise do MN considerou-se a contagem de 2000 células/indivíduo, totalizando 48.000 células analisadas. A presença de micronúcleos foi muito baixa nestas células, sendo observada somente uma célula com 01 MN, tantos nos peixes do controle negativo, quanto naqueles tratados com a concentração de 80 ?l/10L, o que corresponde a (0,016%) para cada grupo. Por outro lado, foram encontrados diferentes tipos de AMN nos três tratamentos, totalizando 165 hemácias com alterações (0,33%) em relação ao total analisadas. Os resultados demonstraram a toxicidade do 2-4D ao nível cromossômico e nuclear sugerindo que esta substância ao penetrar no organismo vivo e em pouco tempo pode provocar danos genéticos significativos.

Apoio: CNPQ – UEM / Programa de Pós Graduação em Biotecnologia Ambiental/ Universidade Estadual de Maringá (UEM).

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Biografia do Autor

Layon Zafra Lemos, Universidade Estadual de Maringá

Universidade Estadual de Maringá - Maringá-PR

Ana Camila Prizon, Universidade Estadual de Maringá

Universidade Estadual de Maringá - Maringá-PR

Andréa Cius, Universidade Estadual de Maringá

Universidade Estadual de Maringá - Maringá-PR

Leandro Ranucci, Universidade Estadual de Maringá

Universidade Estadual de Maringá - Maringá-PR

Camila Borges Gazolla, Universidade Estadual de Maringá

Universidade Estadual de Maringá - Maringá-PR

Luara Lupepsa, Universidade Estadual de Maringá

Universidade Estadual de Maringá - Maringá-PR

Pablo Américo Barbieri, Universidade Estadual de Maringá

Universidade Estadual de Maringá- Maringá-PR

Júlio Henrique Oliva, Universidade Estadual de Maringá

Universidade Estadual de Maringá - Maringá-PR

Luciana Andréia Borin Carvalho, Universidade Estadual de Maringá

Universidade Estadual de Maringá- Maringá-PR

Ana Luiza de Brito Portela Castro, Universidade Estadual de Maringá

Universidade Estadual de Maringá - Maringá-PR

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

1.
Lemos LZ, Prizon AC, Cius A, Ranucci L, Gazolla CB, Lupepsa L, et al. Avaliação do potencial genotóxico em Astyanax altiparanae (Pisces, Characidae) submetidos ao agrotóxico 2-4 Diclorofenoxiacético através de métodos citogenéticos. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 16º de fevereiro de 2018 [citado 22º de dezembro de 2024];38(1supl):102. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/29339