Número cromossômico permite distinguir duas espécies de Hyperophora de Mato Grosso do Sul (Tettigoniidae: Phaneropterinae)

Autores

  • Bruno Cansanção Silva Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
  • Juliana Chamorro Rengifo Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Douglas Araújo Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp212

Palavras-chave:

Número diploide, Orthoptera, Hibridação in situ fluorescente

Resumo

Phaneropterinae é uma subfamília de Tettigoniidae que possui 2.566 espécies distribuidas por todo o mundo. Nesta subfamília, inserido no grupo de sete gêneros denominado Aniarae, está Hyperophora, que possui 15 espécies distribuídas na América do Sul. Dessas, apenas Hyperophora augustipennis foi analisada citogeneticamente, apresentando 2n?=31 acrocêntricos, com sistema cromossômico sexual (SCS) do tipo X0?/XX?, que são as características mais comuns para Phaneropterinae. Este trabalho teve como objetivo analisar duas espécies de Hyperophora encontradas em Mato Grosso do Sul. As gônadas de machos e fêmeas foram submetidas à colchicina (0,16%, 2 h.), hipotonizadas (água de torneira, 15 min.) e fixadas em Carnoy I. As células em suspensão foram obtidas pela dissociação do órgão em ácido acético 60% sobre lâminas, com secagem em placa aquecedora. Algumas lâminas foram coradas com Giemsa (3%) e outras foram submetidas técnica de hibridação in situ fluorescente (FISH) com sonda telomérica de invertebrados (TTAGG)n. Nos três machos e uma fêmea de Hyperophora sp.1, coletados na Fazenda Sossego, município de Campo Grande, foram analisadas 58 células em divisão, que revelaram 2n?=31 e 2n?=32 nas metáfases mitóticas, o mesmo número já descrito para o gênero e o mais comum para a subfamília. Já as 98 células analisadas de dois machos e uma fêmea de Hyperophora sp.2, coletados na Base de Estudos do Pantanal da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (BEP), município de Corumbá, mostraram 2n?=29 e 2n?=30 nas metáfases mitóticas. Ambas as espécies exibiram morfologia cromossômica acro/telocêntrica em todo o cariótipo. O cromossomo sexual X é o maior elemento do complemento. Diplótenos dos machos com 14 bivalentes e um univalente permitiram a confirmação do SCS do tipo X0?/XX?, devido ao fácil reconhecimento do univalente X pelo seu tamanho. A FISH telomérica revelou marcações apenas na extremidade de todos os cromossomos, sem sítios teloméricos intersticiais, indicativo de que a redução em um par cromossômico nesta espécie pode ter sido um evento evolutivo antigo. Fusão in tandem tem sido proposto como o mecanismo envolvido na origem do cariótipo 2n?=29,X0, encontrado em algumas espécies de Phanetopterinae, inclusive do Brasil, a partir do cariótipo 2n?=31,X0, supostamente plesiomórfico para a subfamília.

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Biografia do Autor

Bruno Cansanção Silva, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) Campo Grande, Mato Grosso do Sul

Juliana Chamorro Rengifo, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande - MS

Douglas Araújo, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Instituto de Biociências, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande - MS

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

1.
Silva BC, Chamorro Rengifo J, Araújo D. Número cromossômico permite distinguir duas espécies de Hyperophora de Mato Grosso do Sul (Tettigoniidae: Phaneropterinae). Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 16º de fevereiro de 2018 [citado 14º de dezembro de 2024];38(1supl):212. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/29334