Germinação de sementes após a passagem pelo trato gastrointestinal de morcegos (chiroptera, phyllostomidae)
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2015v36n2p3Palavras-chave:
Coevolução, Endozoocoria, Mutualismo, Preferência alimentarResumo
Este estudo teve como objetivo avaliar a germinação de sementes de espécies de Piper, Solanum, Cecropia e Fícus após sua passagem pelo trato gastrointestinal dos morcegos frugívoros Artibeus lituratus, Platyrrhinus lineatus, Carollia perspicillata e Sturnira lilium. Os morcegos e as amostras de frutos/infrutescências foram obtidos no Parque Estadual Mata dos Godoy, Londrina, PR. Para cada espécie vegetal foram considerados o controle e quatro tratamentos, formados pelas sementes obtidas das fezes de cada espécie de morcego: (1) A. lituratus, (2) P. lineatus, (3) C. perspilata e (4) S. lilium. Duzentas sementes foram utilizadas em cada tratamento e foram colocadas para germinar, ao mesmo tempo, em quatro recipientes distribuídos aleatoriamente. Os dados de germinação foram usados para calcular a taxa e o tempo médio de germinação. Somente em duas espécies, Cecropia pachystachya e Ficus eximia, a passagem através do trato gastrointestinal dos animais não produziu alteração significativa. Enquanto, as seis espécies restantes obtiveram diferenças significativas nas taxas e/ou tempos médio de germinação de sementes após passagem dos diásporos pelo trato gastrointestinal de pelo menos uma das espécies de morcegos. Além disso, foi possível observar que a preferência alimentar da espécie de morcego por uma espécie vegetal não alterou significativamente a germinação em relação aos demais. Conclui-se que ao longo do processo evolutivo a coevolução difusa não favoreceu a alteração de padrões de germinação pela preferência alimentar dos morcegos. Todavia, foi observado que os morcegos alteram a taxa e o tempo de germinação das plantas, auxiliando seu estabelecimento, além de serem bons dispersores, mesmo das espécies onde a germinação não foi alterada.Métricas
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