Perfil do uso populacional de inseticidas domésticos no combate a mosquitos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2015v36n1p79Palavras-chave:
Agrotóxicos domésticos, Práticas preventivas, Piretróides, Toxicidade.Resumo
Esse trabalho descreve a utilização doméstica de inseticidas pela população de Picos (Piauí, Brasil), identificou quais são os tipos de inseticidas mais utilizados e descreve a incidência de intoxicação e a consciência ambiental da população. Após visitas domiciliares (n=700), notou-se que a maioria dos entrevistados foi representada por mulheres (75%), com idade entre 31-55 anos (49%), ensino fundamental incompleto (38,1%) e renda familiar entre 1-2 salários mínimos (64%). A maioria das residências tem entre 1-3 moradores (48%), 85% dos entrevistados usam inseticidas escolhidos principalmente em propagandas de TV e radio e apenas 54% leem o rótulo antes de aplicar o produto. A forma de apresentação mais usada é o aerossol (70,7%). A maioria (79%) reconhece que inseticidas são maléficos à saúde, mas 74% não usam nenhum Equipamento de Proteção Individual (EPI). Sintomas de toxicidade foram relatados por 27% dos entrevistados. Duas mulheres relataram irritação, tonturas e problemas respiratórios e necessidade de intervenção médica e internação hospitalar. Todos os entrevistados descartam as embalagens como lixo comum, uma vez que em Picos não há coleta seletiva. Em conclusão, a maioria das pessoas usam inseticidas, conhecem sobre os riscos individuais e coletivos aos quais estão expostos mas não usam EPI mesmo acreditando que sejam tóxicos. Notou-se que aquisição de conhecimentos não resulta, necessariamente, em mudanças de comportamento, uma vez que o conhecimento não se traduz em atitudes e práticas preventivas adequadas, ressaltando-se a necessidade de campanhas de conscientização quanto à toxicidade e aos riscos ambientais, capacitação de profissionais e política fiscalizatória contra a venda indiscriminada.Downloads
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