Cultivo não-fotoautotrófico de microalgas: uma visão geral

Autores

  • Elisangela Andrade Angelo Companhia Paranaense de Energia
  • Diva Souza Andrade Instituto Agronômico do Paraná
  • Arnaldo Colozzi Filho Instituto Agronômico do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2014v35n2p125

Palavras-chave:

Metabolismo fotoautotrófico, Fotoheterotrófico, Heterotrófico, Mixotrófico

Resumo

As microalgas são um grupo heterogêneo de microrganismos, dos quais podem ser extraídos diversos produtos tais como: proteínas, carboidratos, pigmentos e óleos com perfil contendo ácidos graxos saturados, poli-insaturados e mono-insaturados. Esses microrganismos apresentam diferentes formas de metabolismo energético, destacando-se o fotoautotrófico, heterotrófico, mixotrófico e fotoheterotrófico. A compreensão destas formas de metabolismo permite aplicar às microalgas estratégias de cultivos visando o aumento da produção de biomassa algal, e seus coprodutos em grandes escalas. Tradicionalmente, o cultivo de microalgas explora seu metabolismo fotoautotrófico. No entanto, estudos têm apontado vantagens da produção de biomassa destes microrganismos por outras vias metabólicas. Desta maneira, essa revisão tem por objetivo apresentar uma visão geral das formas de metabolismo não-fotoautotrófico das microalgas e considerações sobre a produção de biomassa desses microrganismos nesses diferentes sistemas de cultivo. No metabolismo heterotrófico, as fontes de carbono que mais têm se destacado para as microalgas são: glicose, glicerol e ácido acético. Além disso, diversos estudos apresentam fontes alternativas de meio de cultivo, como os resíduos agroindustriais e sanitários. O metabolismo mixotrófico pode ser definido como aquele em que ocorre simultaneamente a fotossíntese e a oxidação de compostos orgânicos externos. No metabolismo fotoheterotrófico, a luz é a fonte de energia e o composto orgânico é a fonte de carbono. Os sistemas de cultivo não-fotoautotróficos de microalgas são de alto potencial, principalmente devido ao aumento de escala e produtividade. No entanto, deve-se ressaltar que informações sobre esses sistemas de cultivo de microalgas em grande escala para uma produção competitiva ainda são escassas.

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Biografia do Autor

Elisangela Andrade Angelo, Companhia Paranaense de Energia

Mestre em Ciências de Alimentos pela Universidade Estadual de Londrina. Bióloga na Companhia Paranaense de Energia (COPEL).

Diva Souza Andrade, Instituto Agronômico do Paraná

Doutora em Ciências Biológicas - London University Wye College. Pesquisadora do Instituto Agronômico do Paraná. Professora no mestrado em Agricultura Conservacionista do IAPAR.

Arnaldo Colozzi Filho, Instituto Agronômico do Paraná

Doutor em Agronomia pela Universidade de São Paulo. Pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná.

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Publicado

2015-02-05

Como Citar

1.
Angelo EA, Andrade DS, Colozzi Filho A. Cultivo não-fotoautotrófico de microalgas: uma visão geral. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 5º de fevereiro de 2015 [citado 4º de novembro de 2024];35(2):125-36. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/18131

Edição

Seção

Artigos de Revisão