Interações medicamentosas potencias em unidades de terapia intensiva de um hospital do Sul do Brasil

Autores

  • Gustavo Henrique Oliveira-Paula Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP)
  • Francieli Pereira Universidade Estadual de Maringá
  • Mayara Ticianelli Paccola Universidade Estadual de Londrina
  • Airton da Cunha Martins-Junior Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP)
  • Ester Massae Okamoto Dalla-Costa Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2014v35n2p21

Palavras-chave:

Prescrição de medicamentos, Interações de medicamentos, Farmacoepidemiologia

Resumo

As interações medicamentosas são importantes causas de reações adversas em unidades de saúde. O elevado consumo de medicamentos em unidades de terapia intensiva predispõe os pacientes a um risco potencial de ocorrência de interações medicamentosas. Este estudo objetivou determinar a frequência e as características das interações medicamentosas potenciais em unidades de terapia intensiva do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina. Foram analisadas as prescrições de pacientes maiores de 18 anos internados no período de janeiro a maio de 2010, com permanência de pelo menos quatro dias. A análise das interações medicamentosas foi realizada utilizando-se o sistema Micromedex Drug-Reax®. As interações foram classificadas por gravidade, tempo necessário para o início dos efeitos adversos, mecanismo de ação e qualidade da evidência científica. Além disso, foram analisados os possíveis eventos adversos relacionados às interações, bem como as estratégias de manejo e monitoramento recomendadas. Ao todo foram identificadas 198 diferentes interações medicamentosas potenciais com a ocorrência de 1242 episódios. Destes, 43% foram caracterizados por interações de gravidade moderada, 35% graves, 16% leves e 6% contra-indicadas. A ineficácia terapêutica foi o possível evento adverso mais frequente (18%) e a principal estratégia de manejo recomendada foi o ajuste de dose (35,6%). As interações mais frequentes foram: fentanil + midazolam (8,6%), fenitoína + ranitidina (5,5%) e midazolam + ranitidina (4,8%). Os resultados identificados demonstram a importância das interações medicamentosas como evento adverso significativo em unidades de terapia intensiva e, portanto, medidas preventivas são necessárias para minimizar este problema.

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Biografia do Autor

Gustavo Henrique Oliveira-Paula, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP)

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP).

Francieli Pereira, Universidade Estadual de Maringá

Farmacêutica. Aluno do curso de pós-graduação latu sensu em Biotecnologia pela Universidade Estadual de Maringá.

Mayara Ticianelli Paccola, Universidade Estadual de Londrina

Farmacêutica. Trabalha no Grupo Boticário, na área de Avaliação de Produtos.

Airton da Cunha Martins-Junior, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP)

Doutorando do programa de Toxicologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP.

Ester Massae Okamoto Dalla-Costa, Universidade Estadual de Londrina

Doutora em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Brasil. Professora Adjunta da Universidade Estadual de Londrina.

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Publicado

2014-11-10

Como Citar

1.
Oliveira-Paula GH, Pereira F, Paccola MT, Martins-Junior A da C, Dalla-Costa EMO. Interações medicamentosas potencias em unidades de terapia intensiva de um hospital do Sul do Brasil. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 10º de novembro de 2014 [citado 27º de abril de 2024];35(2):21-30. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/16607

Edição

Seção

Artigos