Contaminação do leite em diferentes pontos da produção leiteira: ii) microrganismos mesófilos, psicrotróficos e proteolíticos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2004v25n4p349Palavras-chave:
Leite, Qualidade, Psicrotróficos, Proteolíticos, Refrigeração.Resumo
Os psicrotróficos são microrganismos que têm capacidade de multiplicação em temperaturas de refrigeração. Produzem enzimas termorresistentes como proteases e lipases que promovem alterações organolépticas no leite e comprometem a produção de derivados. Com o objetivo de determinar a freqüência desses microrganismos a produção do leite, foram estudadas 04 propriedades da região de Londrina, PR, analisando diversos pontos do processo. Determinou-se a contagem de microrganismos aeróbios mesófilos (48hs a 35ºC), psicrotróficos (25hs a 21ºC), psicrotróficos proteolíticos (72 hs a 22ºC) e as características morfotintoriais da microbiota psicrotrófica proteolítica predominante. Os principais pontos de contaminação por psicrotróficos foram a água residual de latões, tanques de expansão e tetos higienizados inadequadamente, sendo que os psicrotróficos proteolíticos predominam nos latões e tetos. Bacilos Gram negativos representaram 45% da microbiota proteolítica de todo o processo de produção, no leite refrigerado corresponderam a 69% dos psicrotróficos proteolíticos encontrados e ainda predominaram nos tetos higienizados, teteiras, água residual de latões e tanques de expansão. As contagens de psicrotróficos superaram as de mesófilos em leite refrigerado, mostrando que a pesquisa de psicrotróficos é ideal para avaliar a real carga microbiana do leite refrigerado. Como a refrigeração a 4oC não inibe o crescimento deste grupo de microrganismos, deve-se evitar sua incorporação ao leite durante a produção, havendo necessidade da adoção de boas práticas de manejo em todo o processo produtivo.
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