Efeito do sistema de produção de leite sobre a estabilidade enzoótica para Anaplasma marginale e Babesia bovis em bezerras na região do Campo das Vertentes de Minas Gerais, Brasil

Autores

  • André Henrique Oliveira Carvalho Universidade Federal de Lavras
  • Fidelis Antônio Silva Júnior Universidade Federal de Lavras
  • Débora Oliveira Daher Universidade Federal de Lavras
  • Christiane Maria Barcellos Magalhães Rocha Universidade Federal de Lavras
  • Antônio Marcos Guimarães Universidade Federal de Lavras

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2012v33n1p323

Palavras-chave:

Babesiose, Anaplasmose, Bovinos leiteiros, Reação de imunofluorescência indireta (RIFI), Tristeza parasitária bovina.

Resumo

Foi realizado um estudo observacional do tipo transversal, com o objetivo de determinar a frequência de anticorpos anti-A. marginale e B. bovis em 337 bezerras com idade entre quatro a 12 meses, oriundas de dez propriedades produtoras de leite B e igual número de fazendas de leite cru refrigerado (leite C), na região do Campo das Vertentes de Minas Gerais, no período de setembro de 2008 a agosto de 2009. Foram realizados esfregaços sanguíneos, sorologia por meio da reação de imunofluorescência indireta (RIFI), determinado o volume globular e riquetsemia, e os escores clínicos das bezerras infectadas por A. marginale. Nas propriedades de leite B (LB), a frequência média global de bezerras soropositivas para A. marginale e B. bovis foi de 94,47% (166/176) e 89,20% (157/176), respectivamente. Nas fazendas de leite cru refrigerado (LCR), a frequência média global de bezerras soropositivas para A. marginale foi de 92,59% (149/161) e para B. bovis de 86,30% (139/161), não havendo diferença (p > 0,05) na frequência de animais infectados para ambos hemoparasitos entre os dois sistemas de produção de leite. Entretanto, houve diferença (p < 0,05) nos níveis de riquetsemia entre as bezerras provenientes de propriedades com diferentes tipos de produção leiteira, onde os animais de fazendas de LB tiveram uma maior porcentagem de hemácias infectadas por A. marginale. Neste estudo, houve um predomínio de bezerras com escore clínico 1 (infecção subclínica por A. marginale), com a frequência média global igual (p > 0,05) entre os animais de propriedades de LB e LCR. Os resultados deste estudo indicam que, na região do Campo das Vertentes de Minas Gerais, o sistema de produção não interfere na estabilidade enzoótica para A. marginale e B. bovis em bezerras provenientes de fazendas produtoras de Leite B ou leite cru refrigerado, com baixo risco de ocorrência de anaplasmose e/ou babesiose em animais adultos.

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Biografia do Autor

André Henrique Oliveira Carvalho, Universidade Federal de Lavras

Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal de Lavras, UFLA. MG.

Fidelis Antônio Silva Júnior, Universidade Federal de Lavras

Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal de Lavras, UFLA. MG.

Débora Oliveira Daher, Universidade Federal de Lavras

Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Federal de Lavras, UFLA. MG.

Christiane Maria Barcellos Magalhães Rocha, Universidade Federal de Lavras

Profª. do Deptº de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras, DMV/UFLA. MG.

Antônio Marcos Guimarães, Universidade Federal de Lavras

Prof. do Deptº de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras, DMV/UFLA. MG.

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Publicado

2012-04-05

Como Citar

Carvalho, A. H. O., Silva Júnior, F. A., Daher, D. O., Rocha, C. M. B. M., & Guimarães, A. M. (2012). Efeito do sistema de produção de leite sobre a estabilidade enzoótica para Anaplasma marginale e Babesia bovis em bezerras na região do Campo das Vertentes de Minas Gerais, Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 33(1), 323–332. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2012v33n1p323

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