Qualidade do leite cru produzido na região do agreste de Pernambuco, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2010v31n1p173Palavras-chave:
Qualidade do leite, Microbiologia do leite, Físico-química do leite, Leite de PernambucoResumo
A qualidade do leite é um dos maiores problemas da cadeia do leite no Brasil, interferindo negativamente na produção e rendimento de derivados. No Estado de Pernambuco, não é diferente. Sendo o segundo maior produtor do Nordeste, Pernambuco tem sua maior produção de leite localizada na Região Agreste do estado, que fica entre a Zona da Mata e o Sertão. A produção de leite no Agreste, cresceu 23% nos últimos dois anos, chegando a 980 mil litros/dia. Com o objetivo de avaliar a qualidade microbiológica e físico-química do leite cru produzido nesta região, foram coletadas amostras em 53 propriedades rurais, nos municípios de Saloa, Águas Belas, São Bento do Una e Bom Conselho. Enumeraram-se aeróbios mesófilos, coliformes totais, Escherichia coli e estafilococos em placas de Petrifilmâ„¢ especificas (3M do Brasil Ltda.). A detecção de Listeria monocytogenes e Salmonella ssp foi realizada utilizando o sistema VIDAS (BioMeriex®). Organofosforados e carbamatos foram pesquisados pela técnica de Cromatografia em Camada Delgada. O teor de gordura, sólidos totais, sólidos não gordurosos, densidade, proteína e lactose foram obtidos por espectroscopia de em analisador ultra-sônico (US). Realizou-se ainda crioscopia, California Mastite Teste (CMT), peroxidase, acidez Dornic e Ring-test para monitoramento da presença de Brucelose nas propriedades. Nas análises microbiológicas, as amostras apresentaram altas contagens de microrganismos aeróbios mesófilos, coliformes totais, Escherichia coli, psicrotróficos e estafilococos coagulase positiva. A média de aeróbios mesófilos foi de 1,68% X 107, sendo 83% acima de 106. Listeria monocytogenes e Salmonella sp não foram detectadas, 47% das amostras foram positivas para carbamatos, organofosforados ou ambos. No CMT 67,9% das amostras foram positivas, e no Ring test 26,4% das propriedades foram positivas. Assim, apenas 2 (3,77%) das amostras estariam dentro dos padrões estabelecidos pela IN 51.
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