Avaliação da microbiota conjuntival e nasal de cães submetidos à dacriocistorrinostomia
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2023v44n6p2011Palavras-chave:
Dacriocistorinostomia, Dogs, Microbiota conjuntival, Microbiota nasaMicrobiota nasal, Microbiota ocular.Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a microbiota conjuntival e nasal, a longo prazo, de cães submetidos à dacriocistorrinostomia bilateral. Doze cães, machos e fêmeas (23 olhos), com idade entre 1 e 10 anos foram incluídos no estudo, previamente selecionados e agrupados apresentando epífora e cromodacriorreia há pelo menos seis meses. A cultura do material obtido da conjuntiva ocular e seios nasais de todos os cães foi avaliada, a fim de determinar a microbiota conjuntival e nasal de acordo com os momentos pré e pós-operatórios (60º, 120º e 240º dias). A microbiota conjuntival consistia em 66,5% (n=8) de bactérias gram-negativas e 33,30% (n=4) de bactérias gram-positivas antes do procedimento cirúrgico. Ao longo da evolução clínica, foi encontrado um equilíbrio entre a presença de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas com agentes da microbiota conjuntival. Pseudomonas aeruginosa (25%) foi encontrada com maior frequência e Staphylococcus intermedius (25%) isoladamente. No que se refere à microbiota conjuntival, podemos concluir que nas doenças obstrutivas há predominância de bactérias Gram-negativas no sistema lacrimal, notadamente a Pseudomonas aeruginosa. Este estudo não mostrou aumento de bactérias na cavidade nasal através do neo-trajeto cirúrgico para o saco conjuntival.
Downloads
Referências
Andrade, A. L., Stringhini, G., Bonello, F. L., Marinho, M., & Perri, S. H. V. (2002). Conjunctival microbiota of healthy dogs from the city of Araçatuba - SP. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 65(3), 323-336. doi: 10.1590/S0004-27492002000300008 DOI: https://doi.org/10.1590/S0004-27492002000300008
Barnett, H. L., & Hunter, B. B. (1972). Illustrated genera of imperfect fungi (3nd ed.). Burgess Publishing Co.
Blicker, J. A., & Buffam, F. V. (1993). Lacrimal sac, conjuntival, and nasal culture results in dacryocystorhinostomy pacients. Ophthalmic Plastic & Reconstrutive Surgery, 9(1), 43-46. doi: 10.1097/00002341-199303000-00006 DOI: https://doi.org/10.1097/00002341-199303000-00006
Carter, G. R., & Chengappa, M. M. (1988). Essentials of veterinary bacteriology (4nd ed.). Lea & Febiger.
Evans, H. E., & De Lahunta, A. (2012). Miller’s anatomy of the dog (4nd ed.). WB Saunders.
Felchle, L., & Urbanz, J. L. (2001). Examining the anterior segment of the eye in small animals. Veterinary Medicine, 96(10), 792-799.
Giuliano, E. A., Pope, E. R., Champagne, E. S., & Moore, C. P. (2006). Dacryocystomaxillorhinostomy for chronic dacryocystitis in a dog. Veterinary Ophtalmology, 9(2), 89-94. doi: 10.1111/j.1463-5224.2006.00443.x DOI: https://doi.org/10.1111/j.1463-5224.2006.00443.x
Grahn, B. H., & Sandmeyer, L. (2007). Diseases and surgery of the lacrimal and nasolacrimal system. In K. N. Gelatt (Ed.), Veterinary ophthalmology (4nd ed., pp. 618-661). Ames, IA..
Gussoni, F. R. A., & Barros, P. S. M. (2003). Epiphora in the dog: measurement of tear pH. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, 40(2), 87-94. doi: 10.1590/S1413-95962003000200001 DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-95962003000200001
Kleiner, J. A., & Wouk, A. F. P. F. (2004). Dacriocistorrinostomia modificada no tratamento da epífora crônica em cães e gatos braquicefálicos. MedVep: Revista Científica de Medicina Veterinária: Pequenos Animais e Animais de Estimação, 2(5), 21-24.
Laforge, H. (1997). L´appareil lacrymal. Pratique Médicale et Chirurgicale de l´Animal de Compagnie, 32, 77-92.
Lavach, J. D. (1998). Lacrimal system. In D. Slatter (Ed.), Textbook of small animal surgery (2nd ed., pp. 1415-1427). Philadelphia.
Larrone, D. H. (1995). Medically important fungi: a guide to identification (3nd ed.). ASM Press.
Machado, M. F. S., Folks, P. D., Hawk, M. S. A., & Silva, R. M. (2008). Afecção e tratamento do sistema de drenagem lacrimal canino. MedVep: Revista Científica de Medicina Veterinária: Pequenos Animais e Animais de Estimação, 6(17), 82-91.
McDonald, P. J., & Watson, A. D. J. (1976). Microbial flora of normal canine conjunctivae. Journal of Small Animal Practice, 17(12), 809-812. doi: 10.1111/j.1748-5827.1976.tb06947.x DOI: https://doi.org/10.1111/j.1748-5827.1976.tb06947.x
Nykamp, S. G., Scrivan, P. V., & Pease, A. P. (2004). Computed tomography dacryocystography: evaluation of the nasolacrimal apparatus. Veterinary Radiology & Ultrasound, 45(1), 23-28. doi: 10.1111/j.1740-8261.2004.04004.x DOI: https://doi.org/10.1111/j.1740-8261.2004.04004.x
Ota, J., Perce, J. W., Finn, M. J., Johnson, G. C., & Giuliano, E. A. (2009). Dacryops (lacrimal cyst) in three young Labrador retrievers. Journal of the American Hospital Association, 45(4), 191-196. doi: 10.5326/0450191 DOI: https://doi.org/10.5326/0450191
Prado, M. R., Rocha, M. F., Brito, E. H., Girão, M. D., Monteiro, A. J., Teixeira, M. F., & Sidrim, J. J. (2005). Survery of bacterial microrganisms in the conjunctival sac of clinically normal dogs and dogs with ulcerative keratitis in Fortaleza, Ceará, Brazil. Veterinary Ophthalmology, 8(1), 33-37. doi: 10.1111/j.1463-5224.2005.04061.x DOI: https://doi.org/10.1111/j.1463-5224.2005.04061.x
Santos, L. G. F., Almeida, A. B. P. F., Silva, M. C., Oliveira, J. T., Dutra, V., & Sousa, V. R. F. (2009). Microbiota conjuntival de cães hígidos e com afecções oftálmicas. Acta Scientiae Veterinariae, 37(2), 165-169. DOI: https://doi.org/10.22456/1679-9216.16245
Slatter, D. (2005). Fundamentals of veterinary ophthalmology (4nd ed.). Saunders.
Smith, L. H., Adams, L., Derré, M., & Townsend, W. M. (2023). Endoscopic-guided diagnosis of and interventional stent placement for nasolacrimal duct obstruction in a horse. Veterinary Ophthalmology, 26(3), 256-261. doi: 10.1111/vop.13094 DOI: https://doi.org/10.1111/vop.13094
Steinmetz, A., Dohmann, G. W. J., & Blobner, C. C. (2022). Dacryocystitis in dogs caused by foreign bodies: diagnosis and therapy in 14 cases. Veterinary Ophthalmology, 25(2), 180-185. doi: 10.1111/vop.12968 DOI: https://doi.org/10.1111/vop.12968
Wang, L., Pan, Q., Zhang, L., Xue, Q., Cui, J., & Qi, C. (2008). Investigation of bacterial microorganisms in the conjuctival sac of clinically normal dogs and dogs with ulcerative keratitis in Beijing, China. Veterinary Ophthalmology, 11(3), 145-149. doi: 10.1111/j.1463-5224.2008.00579.x DOI: https://doi.org/10.1111/j.1463-5224.2008.00579.x
Waring, G. O. (1998). Corneal structure and pathophysiology. In H. Leibowitz (Ed.), Corneal disorders: clinical diagnosis and management (2nd ed., pp. 3-25). St Louis, MO.
Wouk, A. F. P. F., Cirio, S., Kasecker, G. G., Ramos, C., & Richter, R. K. (1999). Novo modelo experimental de glaucoma em cão para o estudo da cicatrização após cirurgia filtrante associada ao uso de agente antifibrótico. Archives of Veterinary Science, 4(1), 103-109. doi: 10.5380/avs.v4i1 DOI: https://doi.org/10.5380/avs.v4i1.3791
Wouk, A. F. P. F., & Kleiner, J. A. (2003). Tratamento da obstrução das vias lacrimais em cães por meio da dacriocistorinostomia. MedVep: Revista Científica de Medicina Veterinária: Pequenos Animais e Animais de Estimação, 1(1), 19-22.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Semina: Ciências Agrárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Semina: Ciências Agrárias adota para suas publicações a licença CC-BY-NC, sendo os direitos autorais do autor, em casos de republicação recomendamos aos autores a indicação de primeira publicação nesta revista.
Esta licença permite copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato, remixar, transformar e desenvolver o material, desde que não seja para fins comerciais. E deve-se atribuir o devido crédito ao criador.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.