Respiração basal edáfica em sistemas de uso e cobertura da terra em um Brejo de Altitude
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2022v43n4p1849Palavras-chave:
Bioindicador, Carbono, Manejo, Mudanças climáticas, Organismos edáficos, Temperatura.Resumo
O desmatamento e a exploração desordenada dos recursos naturais visando à expansão agropecuária aconteceram de forma acelerada na Microrregião do Brejo do Estado da Paraíba, o que resultou no desgaste e abandono do solo em grande parte da região. Diante desse contexto, objetivou-se avaliar a respiração edáfica em sistemas sob diferentes formas de uso e cobertura da terra em áreas de Brejo de Altitude. O estudo foi conduzido em quatro sistemas de uso e cobertura da terra, sendo eles: pastagem, mandala agrícola, sistema agroflorestal (SAF) e floresta. A atividade microbiana foi estimada pela quantificação do dióxido de carbono (CO2) desprendido no processo de respiração edáfica, a partir da superfície do solo, e capturado por solução de KOH. Simultaneamente à análise da respiração edáfica, foram monitorados a temperatura (°C) e o conteúdo de água do solo (%). As formas de uso e cobertura da terra têm efeito direto sobre a atividade metabólica dos organismos edáficos e os fatores climáticos, a exemplo da temperatura e umidade do solo, influenciam na dinâmica de decomposição da matéria orgânica e, consequentemente, na liberação de CO2. A produção de CO2 é maior no período noturno em relação ao diurno, independente dos sistemas analisados. Dentre as áreas avaliadas, a floresta foi a que apresentou menores emissões de CO2, sendo considerada, portanto, como um receptor de CO2 em contraposição a área de pastagem que funcionou como um emissor de CO2. Técnicas de manejo que reduzem a temperatura superficial e aumenta o teor de matéria orgânica devem ser priorizadas para a promoção da biota do solo.Métricas
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