Comportamento da produção e dos preços de bovinos de corte na Amazônia Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n4p1639Palavras-chave:
Amazônia, Análise de preços, Bovinocultura de corte, Crédito rural, Mercado.Resumo
O artigo avalia o comportamento da produção e dos preços no mercado da pecuária de corte da Amazônia brasileira. Utilizaram-se dados de séries temporais obtidos em diversas fontes e submetidos às análises de regressão múltipla e regressão polinomial. Para a análise de preços utilizou-se o modelo clássico de séries temporais com a separação dos índices sazonais e cíclicos com base na média móvel centrada em doze meses. As análises abrangem o período de 1990 a 2015, fase em que o rebanho bovino regional evoluiu a uma taxa de 5% ao ano, frente a um crescimento de 1,7% do rebanho nacional. A análise de preços revelou a existência de ciclos na pecuária bovina regional, definidos, principalmente, pela correlação inversa entre o preço do boi gordo e o abate de matrizes. Quanto às análises das variáveis determinantes do crescimento da produção, configurado na expansão do rebanho, constatou-se que a política de crédito rural assumiu papel importante ao viabilizar a oferta de recursos para o financiamento de projetos pecuários que ganharam espaço frente aos investimentos em agricultura. A criação e estruturação das agências estaduais de defesa agropecuária, a partir do final da década de 1990, representou avanço importante na esfera institucional, pois ao executarem as políticas e programas de sanidade animal tem gerado um ambiente favorável para a expansão dos investimentos na produção e processamento, além de abrir oportunidades para comercialização no mercado interno, nacional e internacional.Métricas
Referências
ANUÁRIO DA PECUÁRIA BRASILEIRA - ANUALPEC. Anuário Estatístico da Pecuária Brasileira. São Paulo: Informa Economics FNP, 2015. 280 p.
BANCO CENTRAL DO BRASIL - BACEN. ESTBAN. Estatística bancária por município. Brasília: BACEN, 2016. Disponível em: http://www4.bcb.gov.br/fis/cosif/estban.asp. Acesso em: 5 dez. 2016.
CAMPOS, A. C.; SANTOS, M. A. S. Sistema de indicadores de monitoramento e avaliação do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). Belém: Banco da Amazônia, 2013. 74 p.
FREE SOFTWARE FOUNDATION - FSF. Gnu regression, econometrics and time-series library. Boston: FSF, 2017. Available at: http://gretl.sourceforge.net/pt.html. Accessed at: 17 fev. 2017.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Áreas especiais: cadastro de municípios localizados na Amazônia Legal. Rio de Janeiro: IBGE, 2016a. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/amazonialegal.shtm?c=2. Acesso em: 21 set. 2016.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Pesquisa pecuária municipal. Rio de Janeiro: IBGE, 2016b. Disponível em: http://www.sidra.ibge.gov. br. Acesso em: 5 dez. 2016.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Pesquisa trimestral de abates de animais. Rio de Janeiro: IBGE, 2016c. Disponível em: http://www.sidra.ibge.gov.br. Acesso em: 5 dez. 2016.
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS - INPE. Projeto PRODES: monitoramento da floresta Amazônica Brasileira por satélite. Brasília: INPE, 2016b. Disponível em: http://www.obt.inpe.br/ prodes/index.php. Acesso em: 5 dez. 2016.
MENDES, J. T. G.; PADILHA JUNIOR, J. B. Agronegócio: uma abordagem econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 369 p.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA. Evolução geográfica do processo de implantação de zona livre de febre aftosa no Brasil. Brasília: MAPA, 2016b. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/febreaftosa. Acesso em: 5 dez. 2016.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA. Valor bruto da produção agropecuária (VBP). Brasília: MAPA, 2016a. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/ ministerio/gestao-estrategica/valor-bruto-da-producao. Acesso em: 5 dez. 2016.
MOITA, R. M.; GOLANI, L. A. Oligopsônio dos frigoríficos: uma análise empírica de poder de mercado. Revista de Administração Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 18, n. 6, p. 772-794, 2014. DOI: 10.1590/1982-7849rac20141196
RIVERO, S.; ALMEIDA, O.; ÁVILA, S.; OLIVEIRA, W. Pecuária e desmatamento: uma análise das principais causas diretas do desmatamento na Amazônia. Nova Economia, Belo Horizonte, MG, v. 19, n. 1, p. 41-66, 2009. DOI: 10.1590/S0103-63512009000100003
ROSSI, J. W.; NEVES, C. Econometria e séries temporais com aplicações a dados da economia brasileira. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 378 p.
SACHS, R. C. C.; PINATTI, E. Análise do comportamento dos preços do boi gordo e do boi magro na pecuária de corte paulista, no período de 1995 a 2006. Revista de Economia e Agronegócio, Viçosa, MG, v. 5, n. 3, p. 329-351, 2013.
SANTANA, A. C. Métodos quantitativos em economia: elementos e aplicações. Belém: UFRA, 2003. 485 p.
SANTANA, A. C.; SANTANA, A. L.; SANTOS, M. A. S. Influência do desmatamento no mercado de madeira em tora da região Mamuru-Arapiuns, Sudoeste do Pará. Revista de Ciências Agrárias, Belém, v. 54, n. 1, p. 44-53, 2011.
SANTOS, M. A. S.; LOURENÇO JUNIOR, J. B.; SANTANA, A. C.; HOMMA, A. K. O.; ANDRADE, S. J. T.; SILVA, A. G. M. Caracterização do nível tecnológico da pecuária bovina na Amazônia Brasileira. Revista de Ciências Agrárias, Belém, v. 60, n. 1, p. 103-111, 2017.
SANTOS, M. A. S.; SANTOS, J. S. B.; CUNHA, S. J. T.; SANTANA, A. C. Mercado e dinâmica local da cadeia produtiva da pecuária de corte na Região Norte. Belém: Banco da Amazônia, 2007. 48 p. (Estudos Setoriais, 1).
YARDLEY-PODOLSKY, W. J. H. Um perfil da indústria de carnes e de seu futuro. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 21, n. 2, p. 49-58, 1981. DOI: 10.1590/S0034-75901981000200005
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Semina: Ciências Agrárias

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os Direitos Autorais para artigos publicados são de direito da revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores.
Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.