Potencial fisiológico de sementes de Phaseolus lunatus L. submetidas a estresse hídrico em diferentes temperaturas
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n6Supl2p2877Palavras-chave:
Feijão-fava, Estresse hídrico, Germinação, Vigor.Resumo
A germinação é influenciada negativamente pela escassez de água e por temperaturas abaixo ou acima da faixa exigida pela espécie, por isso é necessário saber qual o ponto crítico de absorção das espécies ou cultivares. O objetivo nesse trabalho foi avaliar os efeitos do estresse hídrico, simulado com soluções de polietileno glicol 6000 (PEG 6000) em diferentes temperaturas, na germinação e vigor de sementes de quatro cultivares (Branca, Orelha de Vó, Rosinha e Roxinha) de feijão-fava (Phaseolus lunatus L.). Foram submetidas a simulação do estresse hídrico foi feita com soluções de PEG 6000, nas concentrações de 0,0; -0,2; -0,4; -0,6, -0,8, -1,0 e -1,2 MPa, nas temperaturas de 25, 30 e 35 °C. As variáveis analisadas foram percentuais de germinação e primeira contagem, índice velocidade de germinação, comprimentos de parte aérea e raiz primária de plântulas e massa seca das respectivas partes de plântulas. As sementes do cultivar Orelha de Vó são mais sensíveis ao estresse hídrico, germinando 88 % até o potencial de -0,6 MPa na temperatura, os cultivares Branca, Rosinha e Roxinha germinaram (94; 100 e 100 %, respectivamente) até o potencial de -0,8 MPa. Estresse hídrico simulado por PEG (6000) afeta negativamente a geminação das sementes e o vigor das sementes de cultivares de feijão-fava.Downloads
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