Shunt portossistêmico extra-hepático em cadela maltês de 8 meses
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2011v32n2p739Palavras-chave:
Shunt portossistêmico, Maltês, Diagnóstico, Tratamento.Resumo
O shunt portossistêmico ou desvio portossistêmico (DPS) são comunicações vasculares únicas ou múltiplas entre a circulação sistêmica e a circulação portal, que permite que o sangue portal chegue ao sistema circulatório sem antes passar pela metabolização hepática. Podem ser adquiridos ou congênitos e também podem ser classificados como intra-hepático, localizado dentro do fígado, ou extra-hepático, localizado fora do parênquima hepático. A forma adquirida normalmente está associada com distúrbios intra-hepáticos. Eles normalmente sugerem vasos tortuosos que se comunicam com a veia cava caudal na região do rim esquerdo. A forma congênita está associada a genética e uma das linhagens mais acometidas é a raça maltês. O presente relato de caso descreve o diagnóstico e tratamento de uma cadela maltês de oito meses de idade com Shunt portossistêmico extra-hepático. A paciente apresentava sinais de encefalopatia hepática, como: inquietação, locomoção apoiando-se nas paredes, compressão da cabeça contra a parede, tremores de cabeça e deficiência visual. Exames complementares constataram: glicemia pós-prandial próximo do valor inferior de referência, fosfatase alcalina (FA) e alanina aminotransferase (ALT) aumentadas e hipoalbuminemia. A ultra-sonografia revelou a presença de cálculo vesical e cálculo renal bilateral, fígado diminuído e aumento da ecogenicidade, vesícula biliar com conteúdo anecóico e alta celularidade podendo sugerir hepatopatia/ colangiohepatopatia e detectou DPS extra-hepático. O uso do Doppler auxiliou na localização do desvio identificando a comunicação e a turbulência certificando-se do DPS extra-hepático. Dieta com restrição protéica e antibioticoterapia com amoxicilina obtiveram bons resultados. Optou-se em fazer apenas o tratamento clínico e manter a qualidade de vida da paciente.
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