Efeito da toxicidade da fração da Auxemma oncocalyx e seu princípio ativo oncocalyxona A no cultivo in vitro de folículos secundários e na maturação in vitro de oócitos de caprinos

Autores

  • Johanna Leiva-Revilla Universidade Estadual do Ceará
  • Jesús Cadenas Universidade Estadual do Ceará
  • Luis Alberto Vieira Universidade Estadual do Ceará
  • Claudio Cabral Campello Universidade Estadual do Ceará
  • Juliana Jales de Hollanda Celestino Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
  • Otília Deusdênia Loiola Pessoa Universidade Estadual do Ceará
  • Gary Allen Apgar Southern Illinois University-Carbondale
  • Ana Paula Ribeiro Rodrigues Universidade Estadual do Ceará
  • José Ricardo de Figueiredo Universidade Estadual do Ceará
  • Carolina Maside Universidade Estadual do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n3p1361

Palavras-chave:

Auxemma oncocalyx, Doxorubicina, Oncocalyxona A, Foliculogénesis, Ovócitos.

Resumo

O extrato da Auxemma oncocalyx (A. oncocalyx) e seu componente, Oncocalyxona A (onco A), possui atividade antitumoral, podendo afetar a fertilidade. Entretanto, estudos sobre a ação dessas substâncias em relação à foliculogênese caprina são desconhecidos. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da A. oncocalyx e onco A no cultivo in vitro de folículos secundários isolados (Experimento 1) e na maturação in vitro (MIV) de oócitos de folículos antrais caprinos crescidos in vivo (Experimento 2). Folículos secundários isolados foram distribuídos em seis grupos, em que o controle não-cultivado foi imediatamente fixado em paraformaldeído 4%. Os folículos restantes foram cultivados durante 7 dias em ?-MEM+ sozinho (controle) ou suplementado com DMSO, doxorrubicina (DXR), A. oncocalyx ou onco A. Após o cultivo, os folículos foram avaliados quanto à formação de antro, taxa de crescimento, apoptose (TUNEL) e proliferação celular (PCNA), bem como a expressão dos genes BCL2 e BAX. Além disso, os complexos cumulus-oócitos (CCOs) foram aspirados e distribuídos em cinco tratamentos para MIV: o controle em meio de maturação (TCM 199+), e os demais tratamentos suplementados com DMSO, DXR, A. oncocalyx ou onco A. Depois da MIV, a configuração da cromatina e viabilidade oocitária foram avaliadas. Após 7 dias de cultivo, observou-se redução na percentagem de folículos morfologicamente intactos, na formação de antro, na taxa de crescimento e no número de células PCNA positivas (P < 0,05). Depois do cultivo, no tratamento DXR foi observada maior percentagem de folículos TUNEL positivos (P < 0,05) e também aumento na taxa de RNAm BAX: BCL2 (P < 0,05). Após MIV dos CCOs, nos tratamentos com DXR, A. oncocalyx e onco A, observou-se maior (P < 0,05) percentagem de oócitos anormais e menor de oócitos viáveis quando comparados ao grupo controle (P < 0,05). No entanto, apenas nos tratamentos DXR e onco A aumentou a percentagem de oócitos viáveis com configuração da cromatina anormais (P < 0,05). Não houve diferenças nas taxas de maturação entre o grupo controle e os tratamentos DXR, A. oncocalyx e onco A. De acordo com nossas condições de cultivo, pode-se concluir que a A. oncocalyx e onco A não apresentaram efeitos tóxicos sobre folículos secundários isolados e as taxas de maturação dos CCOs recuperados a partir de folículos antrais. No entanto, estas substâncias afetam negativamente a viabilidade oocitária. Assim, o uso de biotecnologias como o cultivo de folículos secundários in vitro e MIV de oócitos para testes de toxicidade são métodos apropriados para avaliar possíveis efeitos das drogas na foliculogênese.

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Biografia do Autor

Johanna Leiva-Revilla, Universidade Estadual do Ceará

Pesquisadora, Universidade Estadual do Ceará, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Jesús Cadenas, Universidade Estadual do Ceará

Pesquisador, Universidade Estadual do Ceará, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Luis Alberto Vieira, Universidade Estadual do Ceará

Pesquisador, Universidade Estadual do Ceará, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Claudio Cabral Campello, Universidade Estadual do Ceará

Prof., UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Juliana Jales de Hollanda Celestino, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

Profª, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, UNILAB, Acarape, CE, Brasil.

Otília Deusdênia Loiola Pessoa, Universidade Estadual do Ceará

Profa, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Gary Allen Apgar, Southern Illinois University-Carbondale

Prof., Southern Illinois University-Carbondale, SIU, Illinois, USA.

Ana Paula Ribeiro Rodrigues, Universidade Estadual do Ceará

Profa, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

José Ricardo de Figueiredo, Universidade Estadual do Ceará

Prof., UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Carolina Maside, Universidade Estadual do Ceará

Profa, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

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Publicado

2017-06-13

Como Citar

Leiva-Revilla, J., Cadenas, J., Vieira, L. A., Campello, C. C., Celestino, J. J. de H., Pessoa, O. D. L., … Maside, C. (2017). Efeito da toxicidade da fração da Auxemma oncocalyx e seu princípio ativo oncocalyxona A no cultivo in vitro de folículos secundários e na maturação in vitro de oócitos de caprinos. Semina: Ciências Agrárias, 38(3), 1361–1374. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n3p1361

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