Fatores de risco associados à leptospirose em cães do município de Londrina-PR
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2003v24n1p27Palavras-chave:
Leptospirose, Cão, Fator de risco, Diagnóstico, Sorologia.Resumo
A leptospirose é uma zoonose reemergente associada ao convívio próximo entre o cão e o homem. É importante determinar se os fatores de risco da leptospirose canina são semelhantes aos do homem, ou são variáveis exclusivas ao hábito e manejo da espécie. Os objetivos deste trabalho foram identificar variáveis individuais e ambientais, associadas a maior freqüência de cães soropositivos para leptospira, atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina. Foram estudados 160 cães de ambos os sexos e não vacinados contra leptospirose, entre março de 1997 e abril de 1998. Todos os animais foram submetidos à prova de aglutinação microscópica e ao exame direto da urina. Para cada um deles foi utilizado um questionário epidemiológico que procurou investigar variáveis que poderiam estar associadas a essa infecção. Os resultados obtidos foram submetidos ao teste c2. Foram detectados títulos de anticorpos ³100 em 40 cães, sendo em maior freqüência contra o sorovar pyrogenes (45,00%) e 24 animais foram positivos no exame direto da urina. A análise das variáveis apontou como fator de risco para a leptospirose canina,o hábito de caçar roedor (OR=4,22; 1,89£IC95%£9,50), a presença de áreas alagadiças próximas às residências (OR=2,86; 1,32£IC95%£6,22) e o acesso à rua (OR=2,57; 1,19£IC95%£5,59). Os resultados servem como alerta em relação a possibilidade de exposição humana a alguns fatores de risco para a leptospirose a que estão expostos estes cães.
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