Avaliação clínica de ovinos não adaptados submetidos à ingestão súbita de melão com alto teor de açúcar
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n6p3721Palavras-chave:
Acidose, Suplementação, Frutas, pH, Rúmen.Resumo
No presente trabalho estudaram-se os efeitos de duas quantidades diferentes de melão com alto teor de açúcares, oferecidas subitamente a ovinos não adaptados, sobre algumas variáveis clínicas. Foram utilizados 12 ovinos canulados, mestiços da raça Santa Inês, machos, pesando 25 kg, com oito meses de idade e que nunca haviam recebido rações concentradas, frutas ou raízes. Os animais foram mantidos em baias coletivas com dieta basal composta de volumoso e distribuídos aleatoriamente em dois grupos iguais que receberam, subitamente, quantidades de melão triturado correspondentes a 25 e 75% da matéria seca (MS) da dieta, administradas pela cânula ruminal. Foi realizado exame físico e mensuração do pH do fluido ruminal nos seguintes momentos: zero, 3, 6, 12, 18 e 24 h. Os animais do G25% não manifestaram sintomatologia clínica, apesar da acidose subaguda esperada após a administração de melão. Os animais do G75% desenvolveram quadro clínico indicativo de acidose láctica ruminal, com pH deste fluido inferior a 5,0 a partir do T6h, mas sem apresentar desidratação. Nos ovinos do G75% foi observada taquicardia a partir do momento 3 horas até o final do estudo e discreta taquipnéia no momento 3 horas, causadas pelo aumento da circunferência abdominal. Não se recomenda o oferecimento de altas quantidades de melão (75% da M.S.), porém a quantidade correspondente a 25% da M.S. é segura. Maiores concentrações dessa fruta na dieta podem ser utilizadas desde que se tomem cuidados para a adaptação gradual dos animais ao substrato.
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