Estudo retrospectivo de cães portadores de ruptura do ligamento cruzado cranial: 32 casos (2006 a 2012)

Autores

  • Madalena Bach Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • José Ademar Villanova Junior Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Ubirajara Iobe Tasqueti Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Cláudia Turra Pimpão Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Antonia Maria Binder do Prado Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Pedro Vicente Michellotto Junior Pontifícia Universidade Católica do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n3p1409

Palavras-chave:

Claudicação, Doença articular degenerativa, Osteoartrose, Joelho.

Resumo

A ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr) é uma das lesões mais comuns no cão e a maior causa de doença articular degenerativa (DAD) do joelho. Os animais não tratados exibem DAD dentro de poucas semanas e alterações graves dentro de poucos meses. A gravidade da degeneração parece ser diretamente proporcional ao porte e idade. Doenças articulares inflamatórias sistêmicas são associadas com a ruptura deste ligamento. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a população de cães acometidos de RLCCr segundo os seguintes fatores: tipo de claudicação, ruptura ligamentar uni ou bilateral, raça, idade, sexo, estado reprodutivo, dieta, peso corporal, presença de DAD e luxação patelar anteriores à RLCCr. A base dos dados foi a análise de prontuários de 32 cães com RLCCr no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2012. Os resultados mostram que a maioria (56,25%) apresentava claudicação de apoio no momento da consulta. A RLCCr unilateral foi a mais frequente (90,62%), 13,8% dos casos apresentaram RLCCr no membro contralateral, após um período médio de 2 anos e 4 meses. A raça de maior ocorrência foi o Poodle toy (21,9%) e Pitbull (18,75%); cães sem raça definida foram responsáveis por 12,5% dos casos. As idades com maior frequência foram 2, 3, 4 e 7 anos (média = 5,7 anos). Com relação ao sexo e estado reprodutivo, as fêmeas (68,75%) e animais não castrados (69%) foram mais acometidos. Quanto à dieta, a maioria (59,38%) ingeria dieta comercial. Em relação ao peso dos pacientes, a maioria (25%) pesava entre 26 e 35 kg. DAD e luxação patelar anteriores à RLCCr foram vistos em 53,12% e 21,88% respectivamente. Pode-se observar que os dados em nosso meio tendem a se assemelhar com a literatura consultada: ocorrência de RLCCr em animais adultos de grande porte, pesando entre 26 e 35 kg com ruptura unilateral e claudicação de apoio, sendo a fêmea mais representativa. Animais que recebem dieta comercial e não são castrados foram mais acometidos. Luxação patelar anterior à RLCCr foi percebida na minoria dos animais, diferentemente da DAD anterior à RLCCr, que foi vista na maioria dos casos.

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Biografia do Autor

Madalena Bach, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Médica Veterinária, Pesquisadora, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUCPR, São José dos Pinhais, PR.

José Ademar Villanova Junior, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Prof. Dr. Adjunto I, Doutorado em Ciências Veterinárias, PUCPR, São José dos Pinhais, PR.

Ubirajara Iobe Tasqueti, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Prof. Assistente II, Mestrado em Ciência Animal, PUCPR, São José dos Pinhais, PR.

Cláudia Turra Pimpão, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Profª Titular, Doutorado em Processos Biotecnológicos, PUCPR, São José dos Pinhais, PR.

Antonia Maria Binder do Prado, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Profª Titular, Doutorado em Patologia e Cirurgia de Pequenos Animais, PUCPR, São José dos Pinhais, PR.

Pedro Vicente Michellotto Junior, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Prof. Titular, Doutorado em Biologia Celular e Molecular, PUCPR, São José dos Pinhais, PR.

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Publicado

2015-06-10

Como Citar

Bach, M., Villanova Junior, J. A., Tasqueti, U. I., Pimpão, C. T., Prado, A. M. B. do, & Michellotto Junior, P. V. (2015). Estudo retrospectivo de cães portadores de ruptura do ligamento cruzado cranial: 32 casos (2006 a 2012). Semina: Ciências Agrárias, 36(3), 1409–1418. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n3p1409

Edição

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