Duração da imunidade passiva para lentivírus de pequenos ruminantes em cordeiros

Autores

  • Thiago Sampaio de Souza Universidade Federal da Bahia
  • Joselito Nunes Costa Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Raymundo Rizaldo Pinheiro Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
  • Fabio Carreiro Chaves de Melo Universidade Estadual Vale do Acaraú
  • Carla Caroline Valença de Lima Universidade Federal da Bahia
  • Alice Andrioli Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
  • Dalva Alana Aragão de Azevedo Universidade Estadual Vale do Acaraú
  • Vanderlan Warlington Souza dos Santos Universidade Estadual do Vale do Acaraú
  • Eduardo Luiz de Oliveira Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
  • Antonio de Oliveira Costa Neto Universidade Estadual de Feira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n2p845

Palavras-chave:

Anticorpos colostrais, Imunodiagnóstico, Lentiviroses, Ovinos.

Resumo

Com a finalidade de avaliar a imunidade passiva contra lentivírus de pequenos ruminantes (LVPR), em cordeiros, este estudo foi conduzido a partir de dois grupos experimentais. O primeiro (G1) foi estabelecido por nove cordeiros submetidos à mamada artificial de pool de colostro de cabras positivas para LVPR. O segundo (G2) foi o controle, constituído por dez cordeiros submetidos à mamada natural de colostro das suas mães negativas. Amostras de sangue foram obtidas antes da primeira mamada, após 24h do nascimento e com sete, 15, 30, 50, 70, 90 e 120 dias de vida. Determinaram-se as concentrações de proteína sérica total (PST), albumina (ALB), globulinas (GLOB) e imunoglobulina G (IgG) e anticorpos anti-LVPR foram pesquisados a partir das técnicas de imunodifusão em gel de agarose (IDGA), ensaio imunoadsorvente ligado à enzima (Elisa) e immunoblotting (IB). Em ambos os grupos, as menores médias de PST, GLOB e IgG foram observadas ao nascimento e as maiores médias foram constatadas às 24 horas de vida, devido à absorção de imunoglobulinas colostrais. Para o G1, a transferência de imunidade também pôde ser constatada pelas provas de imunodiagnóstico. Ao nascimento, os animais estavam soronegativos. Com 24 horas, todos foram reagentes nos três testes sorológicos. Posteriormente, resultados negativos começaram a ser observados, a partir dos 15 dias de idade, pela prova de IDGA. Já pelo teste de Elisa, todos os animais permaneceram reagentes até os 50 dias de vida. Apenas o IB foi capaz de detectar anticorpos anti-LVPR aos 70 dias. Em relação ao G2, todos os animais apresentaram resultados negativos nos testes de IDGA e IB, do nascimento aos 120 dias de idade. Entretanto, resultados falso-positivos foram observados até os 15 dias nos testes de Elisa, devido a reações inespecíficas. Esses dados estão de acordo com a sensibilidade e especificidade de cada prova sorológica e demonstram que a partir de 90 dias de idade, anticorpos colostrais anti-LVPR não mais são detectados no soro de cordeiros.

Biografia do Autor

Thiago Sampaio de Souza, Universidade Federal da Bahia

Discente de Pós-Graduação, Universidade Federal da Bahia, UFBA, Salvador, BA.

Joselito Nunes Costa, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Prof. da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, UFRB, Cruz das Almas, BA.

Raymundo Rizaldo Pinheiro, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Pesquisador, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, Sobral, CE.

Fabio Carreiro Chaves de Melo, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Prof. do Instituto Centro de Ensino Tecnológico, Centec, Nova Russas, CE.

Carla Caroline Valença de Lima, Universidade Federal da Bahia

Discente de Pós-Graduação, Universidade Federal da Bahia, UFBA, Salvador, BA.

Alice Andrioli, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Pesquisadora, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, Sobral, CE.

Dalva Alana Aragão de Azevedo, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Discente de Pós-Graduação, Universidade Estadual do Vale do Acaraú, UVA, Sobral, CE.

Vanderlan Warlington Souza dos Santos, Universidade Estadual do Vale do Acaraú

Discente de Pós-Graduação, Universidade Estadual do Vale do Acaraú, UVA, Sobral, CE.

Eduardo Luiz de Oliveira, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Analista, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, Sobral, CE.

Antonio de Oliveira Costa Neto, Universidade Estadual de Feira de Santana

Prof. da Universidade Estadual de Feira de Santana, UEFS, Feira de Santana, BA.

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Publicado

2014-04-28

Como Citar

Souza, T. S. de, Costa, J. N., Pinheiro, R. R., Melo, F. C. C. de, Lima, C. C. V. de, Andrioli, A., … Costa Neto, A. de O. (2014). Duração da imunidade passiva para lentivírus de pequenos ruminantes em cordeiros. Semina: Ciências Agrárias, 35(2), 845–856. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n2p845

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