Análise Interseccional das opressões digitais sofridas pelas mulheres através do uso e da interação social com os filtros de aparência do Instagram

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-2207.2022v13n3p252

Palavras-chave:

Filtros de aparência do Instagram, Interseccionalidade, Mulheres

Resumo

Este ensaio teórico objetiva analisar pela lente da interseccionalidade fundamentada principalmente pela autora Patrícia Hill Collins (2021; 2019) as opressões digitais de gênero, de classe, de raça, de controle de peso e de faixa etária sofridas pelas mulheres ao interagirem com os filtros de aparência do Instagram, ferramenta tecnológica que apresenta interferências visuais que reproduzem os estereótipos branco, jovem, magro e rico, e determinam imageticamente, as relações de poder estruturais, culturais, interpessoais e disciplinar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Larissa Buenano, Universidade Federal de Santa Catarina

Mestre; Universidade Federal de Santa Catarina.

Ricardo Triska, Universidade Federal de Santa Catarina

Pós-Doutor; Universidade Federal de Santa Catarina.

Grazyelle Baggenstoss, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora; Universidade Federal de Santa Catarina.

Referências

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: a experiência vivida. Tradução de Sérgio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1967.

BEIGUELMAN, GISELLE. Política da imagem: vigilância e resistência na dadosfera. /Giselle Beiguelman. Inclui índice. São Paulo: Ubu Editora, 2021.

BUENO, Winnie. Imagens de controle: um conceito do pensamento de Patricia Hill Collins. /Winnie Bueno. Porto Alegre, RS: Zouk, 2020.

BUITONI, Dulcília Schroeder. Mulher de papel: a representação da mulher pela imprensa feminina brasileira. São Paulo: Summus Editorial, 2009.

CINTRA, CAMILA. O Instagram está padronizando rostos? / Camila Cintra; Lucia Santaella (colaboradora). 1 ed. Barueri: Estação das Letras e Cores Editora, 2021.

COLLINS, PATRICIA. Interseccionalidade. Patricia Hill Collins, Sirma Bilge; tradução Rane Souza.- 1.ed. -São Paulo: Boitempo, 2021.

COLLINS, Patricia Hill. Pensamento Feminista Negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. Tradução Jamille Pinheiro Dias. 1ª edição. São Paulo: Boitempo Editorial, 2019.

DAVIS, ANGELA. Mulheres, raça e classe. Candiani, Heci Regina. São Paulo: Boitempo, 2016.

EIRAS, N. Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? Elle, São Paulo, 25 mai. 2020. Disponível em: https://elle.com.br/beleza/filtros-instagram-nos-deixam-iguais. Acesso em outubro de 2021.

FLUSSER, Vilém (1920-1991). O mundo codificado: por uma filosofia do design e da comunicação: Vilém Flusser. Organizado por Rafael Cardoso. Tradução: Raquel Abi-Sâmara. São Paulo: Ubu Editora, 2017.

INSTAGRAM. Disponível em: www.intagram.com. Acesso: em setembro de 2021.

INTERNATIONAL SOCIETY OF AESTHTIC PLASTIC SURGERY. ISAPS International Survey on Aesthetic/Cosmetic Procedures performed in 2020. Disponível em: https://isaps.org/. Acesso em maio de 2022.

JORDAN, June. Civil Wars. Boston Beacon Press, 1981.

LORDE, Audre. Irmã Outsider. Tradução Stephanie Borges, 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.

GONZALEZ, Lélia. Por um Feminismo Afro-Latino-Americano: Ensaios, Intervenções e Diálogos. Rio Janeiro: Zahar, 2020.

MANOVICH, Lev. The language of new media. The MIT press Cambridge. London: 2001.

MCLEAN, S. A., PAXTON, S. J., & WERTHEIM, E. H. The measurement of media literacy in eating disorder risk factor research: psychometric properties of six measures. Journal of Eating Disorders, 4(1), 1–12, 2016. DOI: https://doi.org/10.1186/s40337-016-0116-0

MOTTA, Alda Britto da. Mulheres velhas: elas começam a aparecer... In: PINSKY, Carla Bassanezi; PEDRO, Joana Maria (Org.). Nova história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2012.

NEIVA, Renata Maria de Oliveira. 1996- Pedagogia da Beleza: a história da edicação do corpo feminino no Correio da Manhã (1925-1972). Renata Maria de Oliveira Neiva, 2018.

NOGUEIRA, CONCEIÇÃO. Interseccionalidade e Psicologia Feminista. Conceição Nogueira- Salvador, Bahia: Editora Devires, 2017.

PRIMACK, B. A., GOLD, M. A., SWITZER, G. E., HOBBS, R., LAND, S. R., & FINE, M. J. Development and validation of a smoking media literacy scale for adolescents. Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine, 160(4), 369–374, 2006. DOI: https://doi.org/10.1001/archpedi.160.4.369

RAMPHUL K; MEJIAS SG. A “dismorfia do Snapchat” é um problema real? Cureus, 2018.

SANT`ANNA, DENISE. História da Beleza no Brasil. Denise Bernuzzi de Sant`Anna- São Paulo: Contexto, 2014.

SANT’ANNA, Mara Rúbia. Elegância, beleza e poder: na sociedade de moda dos anos 50 e 60. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2014.

SILVA, Tarcízio. Comunidades, algoritmos e ativismos digitais: Olhares afrodiaspóricos /Organização e edição Santos Ferreira, TarcízioSilva, Gabriela Porfírio, Taís Oliveira; Tradução: Vinícius Silva, Tarcízio Silva; Ilustração de capa: Isabella Bispo; Diagramação: Yuri Amaral; Consultoria editorial: LiteraRUA: Tarcízio Silva; Revisão ortográfica: Toni C., Demetrios dos– São Paulo, 2020.

SILVA, Tarcízio. Racismo algorítmico: inteligência artificial e discriminação nas redes digitais. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2022.

SOARES, Carmen Lúcia. As roupas nas práticas corporais e esportivas: a educação do corpo entre o conforto, a elegância e a eficiência (1920-1940). Campinas, SP: Autores Associados, 2011.

VIGARELLO, Georges. História da beleza: o corpo e a arte de se embelezar, do Renascimento aos dias de hoje. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.

VIGARELLO, Georges. As metamorfoses do gordo: história da obesidade. Petrópolis: Vozes, 2012.

Downloads

Arquivos adicionais

Publicado

2022-12-23

Como Citar

Buenano, L., Triska, R., & Baggenstoss, G. (2022). Análise Interseccional das opressões digitais sofridas pelas mulheres através do uso e da interação social com os filtros de aparência do Instagram. Projetica, 13(3), 252–267. https://doi.org/10.5433/2236-2207.2022v13n3p252

Edição

Seção

Edição especial P&D 2022