John Rawls e os deveres dos cidadãos e das instituições no combate da covid-19

Autores

  • Eduardo Guerra Koff Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Thadeu Weber Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.5433/2178-8189.2022v26n2p66-87

Palavras-chave:

COVID-19, Justiça como equidade, Deveres, Instituições, Cooperação

Resumo

O artigo procura demonstrar como as instituições podem agir no combate da COVID-19 a partir do liberalismo político e por razões de justiça social, à luz da teoria de John Rawls. A teoria rawlsiana auxilia nas respostas justas e equitativas não somente em relação às instituições, mas também em relação aos deveres naturais dos indivíduos. Os deveres naturais, a prioridade do justo e o critério de reciprocidade exigem que o direito individual à vida seja tratado com prioridade, mesmo que isso custe eventuais benefícios econômicos. Acerca da vacinação, as instituições devem agir, coerente e coletivamente, de modo a regulamentar a sua obrigatoriedade e mantê-la pública. Trata-se, em suma, de um estudo interpretativo da concepção política de justiça de Rawls, com vistas a encontrar elementos que possam auxiliar no enfrentamento da COVID 19.

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Biografia do Autor

Eduardo Guerra Koff, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Mestrando em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul ; Pesquisador voluntário do Grupo de Estudos e Pesquisa de Direitos Fundamentais ; Advogado; Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4787458262580110.

Thadeu Weber, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Professor titular da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, na Graduação em Filosofia e nos programas de Pós-Graduação em Filosofia e Direito.

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Publicado

2022-09-21

Como Citar

Guerra Koff, E., & Weber, T. (2022). John Rawls e os deveres dos cidadãos e das instituições no combate da covid-19. Scientia Iuris, 26(2), 66–87. https://doi.org/10.5433/2178-8189.2022v26n2p66-87

Edição

Seção

Artigos