Espejo de una filosofía: la presencia de Hegel en las clasificaciones de Harris y Dewey

Autores/as

  • Veronica de Sá Ferreira Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Rodrigo de Sales Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1981-8920.2019v24n3p104

Palabras clave:

Organización del Conocimiento, Clasificación, Artes

Resumen

Introducción: Creada en el siglo XIX, la Clasificación Decimal Dewey (CDD) lleva en su estructura jerárquica inmutable los pensamientos de su tiempo. Entre las diversas fuentes que contribuyeron a su concepción, William Torrey Harris es reconocido por la literatura de la Organización del Conocimiento como la influencia más inmediata de Dewey para crear su sistema. El artículo publicado en 1959 por Graziano, señala el pensamiento de Hegel como el verdadero soporte filosófico del esquema de Harris y, consecuentemente, de la Clasificación Decimal de Dewey, cuestionando el espacio de Bacon en estos sistemas. Objetivos: Los propósitos de esta investigación fueron analizar las influencias filosóficas que basaron la clasificación de las artes en los esquemas de Harris y Dewey, rehaciendo los pasos de Graziano, con el fin de comprobar la plausibilidad de su afirmación y extender su discusión, avanzando en los estudios teóricos de la CDD. En este artículo se propone examinar el pensamiento sobre las Artes que formaron las clasificaciones de Bacon, Hegel, Harris y Dewey. Metodología: El enfoque metodológico adoptado como trasfondo fue la dialéctica histórico-estructural, que se utilizó para desarrollar una investigación explicativa y cualitativa, considerando el análisis de cuatro clasificaciones distintas. Resultados: Los resultados presentados indican claramente la presencia de Hegel no asumida explícitamente por Harris y Dewey en sus sistemas y aún poco discutida en el campo de la representación de la información en Brasil. Conclusiones: Se concluye, en oposición a Graziano, que no es posible eliminar completamente el pensamiento de Bacon de la estructura de la clasificación bibliográfica de Harris, sin embargo, la presencia de Hegel se confirma como la fuente que alimenta el contenido de la clase Artes.

Biografía del autor/a

Veronica de Sá Ferreira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Bibliotecária

Rodrigo de Sales, Universidade Federal de Santa Catarina

Professor. Departamento de Ciência da Informação 

Citas

ANJOS, Liane dos. Sistemas de classificação do conhecimento na Filosofia e na Biblioteconomia: uma visão histórico-conceitual crítica com enfoque nos conceitos de classe, de categoria e de faceta. 2008. 291 f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

BACON, Francis. Novumorganum. 2002. Disponível em: http://www.ebooksbrasil. org/adobeebook/norganum.pdf . Acesso em: 11 jan. 2018.

______. O progresso do conhecimento. Tradução Raul Fiker. São Paulo: UNESP, 2007. Título original: The Proficience and Advancement of Learning Divine and Humane (1605).

BARBOSA, Alice Príncipe. Teoria e prática dos sistemas de classificação bibliográfica. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação, 1969. Obras Didáticas, 1.

BRAS, Gérard. Hegel e a arte: uma apresentação à Estética. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990. (Textos de Erudição e Prazer).

DUARTE, Rodrigo. Do sistema das artes à ambiência pós-histórica: itinerários da estética contemporânea. Viso - Cadernos de estética aplicada: revista eletrônica de estética, v. 10, n. 19, jul./dez. 2016. Disponível em: http://www.revistaviso.com.br/pdf/Viso_19_Rodrigo Duarte.pdf. Acesso em: 12 jan. 2018.

EATON, Thelma. The development of classification in America. 1959. Disponível em: https://www.ideals.illinois.edu/bitstream/handle/2142/1474/Eaton830.pdf?sequence=2&isAllowed=y. Acesso em: 20 maio 2017.

FOSKETT, A. C. A abordagem temática da informação. São Paulo: Polígono; Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1973.

GRAZIANO, Eugene E. Hegel’s philosophy as basis for the Dewey Classification Schedule. Libri, v. 9, p. 45-52, 1959.

HARRIS, WM. T. Book classification. The Journal of Speculative Philosophy, St. Louis, v. IV, p. 114-128, 1870.

HEGEL, G. W. F. Curso de Estética: o Sistema das Artes. Tradução Álvaro Ribeiro. São Paulo: MartinsFontes, 1997. Título original: Vorlesungenüber die Ästhetik (1835).

KELLER, Phillip Wilhelm. Estrutura da obra de arte na filosofia de Hegel: análise da estrutura da arte nos cursos de Berlim com relação aos conceitos de organismo, ação e conceito. 2011. 129 p. Tese (Doutorado em Filosofia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-17082012-104854/ptbr.php. Acesso em: 18 jan. 2018.

LA MONTAGNE, L. E. American library classification: with special reference to the Library of Congress. Handen: The Shoe String Press, 1961.

LEIDECKER, K. F. Yankee teacher: the life of William Torrey Harris. New York: The Philosophical Library, 1946.

MILLS, J. A morden outline of library classification. London: Chapman and Hall, 1960.

OLSON, Hope A. A potência do não percebido: Hegel, Dewey e seu lugar na corrente principal do pensamento classificatório. InCID: R. Ci. Inf. e Doc., Ribeirão Preto, v. 2, n. 1, p. 3-15, jan./jun. 2011. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/incid/article/view/42331. Acessoem: 20 maio 2017.

______. Sameness and difference: a cultural foundation of classification. Library Resources&Technical Services, Chicago, v. 45, n. 3, p. 115-122, jul. 2001. Disponível em: http://polaris.gseis.ucla.edu/gleazer/462_readings/olson_2001.pdf. Acesso em: 20 maio 2017.

PIEDADE, M. A. Requião. Introdução à Teoria da Classificação. 2. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: Interciência, 1983.

POMBO, Olga. O enciclopedismo romântico: Novalis e Hegel. Lisboa, 2002. Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/hyper/enc/cap3p7/romantico.htm. Acesso em: 13 jan. 2018.

ROSSI, Paolo. Francis Bacon: da magia à ciência. Tradução Aurora Bernardini. Londrina: Eduel; Curitiba: UFPR, 2006.

SALES, Rodrigo de; PIRES, Thiago Blanch. The classification of Harris: influences of Bacon and Hegel in the universe of library classification. VI North American Symposium on Knowledge Organization (NASKO, 2017). Proceedings… Champaign, IL. Universityof Illinois, 2017. Disponível em: http://www.iskocus.org/NASKO2017papers/NASKO2017_ paper_5.pdf. Acesso em: 16 ago. 2017.

SANTORO, Fernando. Sobre a estética de Aristóteles. Viso: Cadernos de estética aplicada, v. 1, n. 2, p. 1-13, maio/ago. 2007. Disponível em: http://revistaviso.com.br/visArtigo.asp? sArti=12. Acesso em: 31 maio 2018.

SAYERS, W. C. B. An introduction to library classification. 9. ed. Londres: Grafton, 1955.

SHIRAYAMA, Cristiane de Melo. Francis Bacon e O Progresso do Conhecimento no Início do Século XVII. 2016. 89 p. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-10102016-182510/en.php. Acesso em: 18 jan. 2018.

SIQUEIRA, Jéssica Câmara. O conceito classificação: uma abordagem histórica e epistemológica. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, Nova Série. São Paulo, v. 6, n. 1, p. 37-49, jan./jul. 2010.

VICKERY, Brian C. Classificação e indexação nas ciências. Rio de Janeiro: BNG/Brasilart, 1980. Tradução de M.C.G. Pirolla.

WIEGAND, Wayne A. The “Amherst Method”: the origins of the Dewey Decimal Classification Scheme. Libraries&Culture, v. 32, n. 2, p. 175-194, spring 1998.

Publicado

2019-12-31

Cómo citar

Ferreira, V. de S., & Sales, R. de. (2019). Espejo de una filosofía: la presencia de Hegel en las clasificaciones de Harris y Dewey. Informação & Informação, 24(3), 104–128. https://doi.org/10.5433/1981-8920.2019v24n3p104

Número

Sección

Dossiê Temático