O ideal de maternidade nos espaços virtuais: um estudo sobre a percepção da maternidade de “Mommy influencers” no instagram
DOI:
https://doi.org/10.5433/2236-6407.2022.v13.47117Palavras-chave:
maternidade, redes sociais, virtualidadeResumo
Objetivou-se, neste estudo, refletir e compreender sobre como a idealização da maternidade nas redes sociais a partir da figura das “mommy influencers” reverbera na experiência de maternidade de mães que são suas seguidoras. Buscou-se elaborar uma reflexão sobre a idealização e os impactos que essas influencers trazem no exercício da maternidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que utilizou como instrumento a entrevista semidirigida. Participaram desta pesquisa sete mães, de sexo feminino, com idades de 21 a 31 anos, que exercem a maternidade e que acompanham o perfil de “mommy influencers” no Instagram. Os resultados mostram nos relatos das mães a forte presença de sentimentos de dúvida e ambivalência no que tange a maternidade. Ademais, observamos uma idealização da maternidade mostrada nos perfis de “mommy influencers” que impacta diretamente a vida das mães que são suas seguidoras, atuando como reforçadores da idealização da maternidade no imaginário social.
Downloads
Referências
Badinter, E. (1985) Um amor conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Badinter, E. (2010). O conflito: a mulher e a mãe. Rio de Janeiro: Editora Record.
Birman, J. (2007). Laços e desenlaces na contemporaneidade. Jornal de Psicanálise, 40(72), 47-62. Recuperado em 03 de março de 2023, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-58352007000100004&lng=pt&tlng=pt.
Braun, V., & Clarke, V. (2019). Reflecting on reflexive thematic analysis. Qualitative research in sport, exercise and health, 11(4), 589-597. https://doi.org/10.1080/2159676X.2019.1628806 DOI: https://doi.org/10.1080/2159676X.2019.1628806
Debord, G. (1997) A sociedade do espetáculo: comentários sobre a sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto.
Donath, O. (2017). Mães arrependidas. Rio de Janeiro: Editora José Olympio.
Emidio, T. S. (2011). Diálogos entre feminilidade e maternidade: um estudo sob o olhar da mitologia e da psicanálise. São Paulo: Editora Unesp.
Emídio, T. S., & Gigek, T. (2019). Elas não querem ser mães: algumas reflexões sobre a escolha pela não maternidade na atualidade. Trivium-Estudos Interdisciplinares, 11(2), 186-197. https://dx.doi.org/10.18379/2176-4891.2019v2p.186 DOI: https://doi.org/10.18379/2176-4891.2019v2p.186
Freire-Costa, J. (2005) O vestígio e a aura: corpo e consumismo na moral do espetáculo. Rio de Janeiro: Garamond.
Garrafa, T. (2020). Primeiros tempos da parentalidade. In D. Teperman, T. Garrafa, & V. Iaconelli (Orgs.), Parentalidade (pp. 55-71). Rio de Janeiro: Autêntica.
Giddens, A. (1993). A transformação da intimidade sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. São Paulo: Unesp.
Iaconelli, V. (2015). Mal-estar na maternidade: do infanticídio à função materna. São Paulo: Zagodoni.
Lasch, C. (1983) Cultura do narcisismo. Rio de Janeiro: Imago.
Minayo, M.C (2017) Amostragem e saturação em pesquisa qualitativa: consensos e controvérsias. Revista Pesquisa Qualitativa, 5(7), 01-02. Recuperado em 03 de março de 2023, de https://editora.sepq.org.br/rpq/article/view/82/59.
Morais, N. S. D., & de Araújo Brito, M. L. (2020). Marketing digital através da ferramenta Instagram. E-Acadêmica, 1(1), e5-e5. Recuperado em 3 de março de 2023, de https://eacademica.org/eacademica/article/view/5
Moura, S. M. S. R. D., & Araújo, M. D. F. (2004). A maternidade na história e a história dos cuidados maternos. Psicologia: ciência e profissão, 24, 44-55. https://doi.org/10.1590/S1414-98932004000100006 DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-98932004000100006
Pereira, L. C., & Tsallis, A. C. (2020). Maternidade versus Sacrifício: uma análise do efeito moral dos discursos e práticas sobre a maternidade, comumente engendrados nos corpos das mulheres. Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais, 15(3), 1-14. Recuperado em 03 de março de 2023, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-89082020000300008&lng=pt&tlng=pt.
Schumacher, M. M. (2015). Deseos personales, inclinaciones naturales y el significado del amor. Estudios: Filosofía, Historia, Letras, 13(113), 67-101. DOI: https://doi.org/10.5347/01856383.0113.000262690
Visintin, C. D. N., & Aiello-Vaisbgerg, T. M. J. (2017). Motherhood and social suffering in Brazilian mommy blogs. Revista Psicologia: Teoria e Prática, 19(2), 108-116. http://dx.doi.org/10.5935/1980-6906/psicologia.v19n2p108-116. DOI: https://doi.org/10.5935/1980-6906/psicologia.v19n2p98-107
Visintin, C. D. N., Schulte, A. de A., & Aiello-Vaisberg, T. M. J.. (2021). “Meus hormônios me enlouquecem”: investigação psicanalítica com mommy blogs brasileiros. Psicologia USP, 32(Psicol. USP, 2021 32). https://doi.org/10.1590/0103-6564e180117 DOI: https://doi.org/10.1590/0103-6564e180117
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Estudos Interdisciplinares em Psicologia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Estudos interdisciplinares em Psicologia adota a licença CC-BY, esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
Este obra está licenciado com uma Licença Attribution 4.0 International (CC BY 4.0)