Editorial
DOI:
https://doi.org/10.5433/2236-6407.2018v9n2p01Resumo
A Revista Estudos Interdisciplinares em Psicologia (REIP) tem recebido um grande volume de trabalhos para avaliação, que implicaram na suspensão das submissões até 2019, tendo em vista que os números da revista já se encontram fechados até o primeiro número de 2020. Em respeito aos autores que haviam submetido seus estudos, realizamos uma força-tarefa para encaminhar as decisões editoriais o mais rápido possível, garantindo uma resposta àqueles que aguardavam um parecer. Ademais, aumentamos a periodicidade da revista para três números anuais, também pensando em diminuir o tempo entre o aceite e a publicação. Optou-se, ademais por ampliar, a partir de 2019, o número de artigos e de relatos de experiência publicados a cada número passando de sete para dez artigos e de um para dois relatos de experiência. Compreendemos que o aumento das submissões sinaliza o reconhecimento por parte da comunidade acadêmica do nosso trabalho, assim como nosso compromisso com os autores e com a psicologia como ciência.
Nossos esforços cotidianos estão centrados na melhoria da qualidade dos artigos publicados. Mudamos algumas diretrizes desde o início do ano, que aumentaram o rigor e o compromisso dos autores com a qualidade dos trabalhos enviados. A partir disso, decidimos escrever este editorial pensando no perfil dos autores que submetem seus trabalhos na REIP. Queremos acelerar ainda mais o processo editorial e temos notado que grande parte do atraso entre o envio do manuscrito e seu aceite poderia ser evitado se os próprios autores se atentassem para questões estruturais do manuscrito, normas editoriais da revista e cuidado com a linguagem. É claro que alguns atrasos são inevitáveis (tivemos este ano um artigo encaminhado a mais de 18 pareceristas até ser aceito para avaliação!). A intenção do texto é ajudar aos autores a reduzir o tempo da tramitação que é possível reduzir por meio de iniciativas próprias. Nesse sentido, elencamos alguns frequentes problemas que atrasam o processo editorial do manuscrito.
1) Leia com cuidado e atenção as diretrizes aos autores. Parece redundante, mas há autores que talvez devido à prática com submissões (ou, pelo contrário, pela própria inexperiência) imaginam que não é preciso atentar para as regras da revista. É lógico que a experiência com a escrita acelera o processo de produzir um manuscrito, mas este deve ser adaptado em função da política de cada periódico (p. ex., número de páginas, de tabelas aceitas, seções, etc.). As diretrizes aos autores informam sobre todas regras formais exigidas pela revista (declaração de direitos autorais, aprovação por comitê de ética, manuscrito enviado no template etc.). Nenhum manuscrito enviado à REIP segue para as demais etapas quando algum desses aspectos é violado. Entre verificarmos as questões documentais e comunicarmos aos autores (e também até que estes resolvam as pendências), passa-se algum tempo precioso da avaliação. Aproveite para ler, além das diretrizes, o arquivo “tutorial submissão”, que ensina passo-a-passo como inserir o artigo no sistema da revista.
2) Tenha carinho com seu texto. Muitas vezes, o artigo apresenta falhas devido à violação de regras de ortografia, gramática e coerência e coesão textuais, as quais são evitáveis. Além de ser um desrespeito à nossa língua, um artigo mal escrito não é aceito até que a linguagem esteja adequada a uma publicação científica (mesmo que a qualidade da pesquisa seja enorme, a qualidade da escrita é essencial). Por vezes, o artigo até está bem escrito, mas falta uma leitura final do texto (i.e., apresenta aqueles detalhes que comprometem o trabalho e podem desviar o olhar do parecerista do mais que é importante: a pesquisa que foi realizada). Um texto científico não é um poema, ou uma redação qualquer, tem características próprias que devem ser respeitadas. Não se acanhe em pedir ajuda de um profissional, caso haja dificuldades com a escrita acadêmica.
3) Observe as normas para citação. A revista segue as normas da APA no corpo do texto e nas referências. Não hesite em consultar as normas sempre que necessário. Inventar normas ou aplicar outras normas para a vigente da revista, além de não ser uma boa prática, atrasa seu parecer final, pois apenas quando as normas estão corretas o aceite é emitido. Exemplares de referências mais frequentes estão nas diretrizes aos autores, assim como sugestões de sites especializados e blog da APA.
4) Quando receber o parecer, marque as alterações e não ignore nenhum comentário dos pareceristas, mesmo que pareça irrelevante ou desapropriado. Grande parte de nosso trabalho está na verificação das correções dos autores. Quando os autores não demarcam as correções no texto, este volta aos autores para que as correções sejam sinalizadas. Além disso, muitas vezes, os autores não realizam justificativas para não terem realizado alguma correção, simplesmente ignorando o que foi dito. Além de ser uma falta de consideração com o trabalho do parecerista, a lacuna de resposta será certamente pedida pelas editoras, sendo que o trabalho de tentar encontrar no texto a referida correção atrasa a leitura. Documentos suplementares que sinalizam numa tabela as mudanças feitas (e as justificativas para as não realizadas), apesar de não obrigatórios, aceleram o parecer da editora. Além disso, tome cuidado com as justificativas. Cite referências que baseiam sua decisão. Respostas tais como “optamos por não realizar a correção” ou “achamos que não é relevante” não são aceitas como justificativas.
5) Atente-se para a metodologia do seu estudo. Tenha um cuidado especial com o que foi feito na pesquisa, pois, além de ser o que garante sua replicabilidade, em geral, é a parte mais importante do trabalho, pois os resultados dependem diretamente dela (e, consequentemente, o alcance das conclusões). Inserir no lugar correto informações sobre participantes, instrumentos, procedimentos etc. na pesquisa quantitativa, assim como detalhar procedimentos de categorização na pesquisa qualitativa são exemplos de cuidados na escrita da parte metodológica do estudo.
6) Não tenha receio de apontar as limitações do seu estudo. Para alguns, isto pode parecer que enfraquece o trabalho, mas, pelo contrário, o fortalece. Ter a clareza das limitações do estudo auxiliam os pesquisadores a entenderem o alcance das conclusões e desenvolverem novos estudos na área que possam transpor essas limitações. Também é importante ter consciência da relevância do estudo: aponte as contribuições da sua pesquisa para a psicologia e áreas afins.
Esperamos que com essas dicas seu artigo tenha um processo editorial mais rápido e eficiente.
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