A participação de Minas Gerais e do Brasil na cadeia produtiva global do café
DOI:
https://doi.org/10.5433/2317-627X.2021v9n1p147Palabras clave:
Café, Cadeia Global de Valor, UpgradeResumen
Este artigo traça um retrato da participação de Minas Gerais e do Brasil na Cadeia Global de Valor (CGV) do café. A análise se concentra nos anos de 2017 e 2018, a partir, principalmente, de dados de comércio internacional. Para tanto, caracterizam-se as quatro dimensões da CGV: estrutura de insumos e produtos, na qual os traders assumem papel relevante; a distribuição geográfica da produção, que evidencia que os países da América do Sul e da Ásia são os principais exportadores de café em grão; a governança, que sinaliza que os torrefadores detém o comando da cadeia; e o contexto institucional, que revela que Minas Gerais, sendo o principal produtor no Brasil, especializou-se na exportação de café em grão. Adicionalmente, destaca-se que sua produção é realizada majoritariamente por pequenos e médios produtores; a torrefação é concentrada em poucas indústrias; e instituições públicas contribuem para a disseminação de boas práticas de cultivo do café. A análise da CGV do café mostra que os elos inferiores da cadeia adicionam pouco valor ao produto. Portanto, sugerem-se alternativas de reposicionamento (upgrade) para a participação de Minas Gerais: a torrefação e a comercialização de cafés especiais.Descargas
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