Externalidades sociais da produção de combustíveis no estado do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.5433/2317-627X.2014v2n2p115Palabras clave:
Cana-de-açúcar, Etanol, Petróleo, Gasolina, Aglomeração, Externalidade socialResumen
A acentuação dos efeitos das mudanças climáticas cria perspectivas positivas para uso da bioenergia em detrimento dos combustíveis fósseis. Verifica-se uma expansão da cana-de-açúcar no estado do Paraná. Tal crescimento aliado a instalação de novas usinas ou ampliação da capacidade produtiva beneficiará direta e indiretamente a dinâmica econômica locacional dos municípios paranaenses. O objetivo do presente artigo é compreender a relevância das atividades econômicas correlatas à produção de etanol em comparação aos combustíveis derivados do petróleo em meio as novas perspectivas. Este artigo aborda o conceito de aglomerações produtivas nos setores em análise sob a ótica das externalidades sociais. O indicador de quociente locacional (QL) é utilizado como proxy para a presença de aglomeração produtiva e portanto da presença de externalidades sociais. Foram utilizados dados de empregos formais provenientes da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) para os setores de cana-de-açúcar, etanol, extração de petróleo e derivados de petróleo. No presente caso verificou-se que os setores de produção de cana e etanol são relevantes no estado, o que leva à inferência da presença de economias de aglomeração e externalidades. No setor de extração de petróleo e derivados, entretanto, sua atuação é incipiente e pontual. Os resultados permitem concluir que a alta capilaridade proveniente do setor de cana-de-açúcar e etanol podem gerar tanto uma externalidade positiva quanto uma vulnerabilidade.Descargas
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