Caracterização das Agtechs nas novas economias: um estudo comparativo com as tradicionais economias

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2317-627X.2025.v13.51329

Palavras-chave:

Agricultura digital, Novas economias, Características econômicas, Startups do agronegócio, Cooperativismo de plataforma

Resumo

O número de agtechs aumentou substancialmente nos últimos cinco anos no Brasil. Com isso, surgem novas teorias diante desses novos modelos de negócio. É o caso das novas economias, que podem ser observadas pela economia compartilhada e colaborativa e, com isso, algumas agtechs buscam se adentrar nessas novas teorias econômicas ditas de novas economias. Dessa maneira emerge a seguinte pergunta: as Agtechs das novas economias são mais oportunistas ou colaborativas quando comparadas às características das tradicionais e novas economias? Foi realizado um estudo de casos múltiplos com nove Agtechs das novas economias, por meio de três etapas: formulário, entrevista e questionário. Onze características comparativas das novas economias perpassam pelas tradicionais economias. As Agtechs das novas economias possuem características das tradicionais e novas economias, sendo mais colaborativas do que oportunistas. Portanto, as novas economias são narrativas de mercado, que alteram a forma de operação e se mantêm alicerçadas nas tradicionais economias.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Anelise Daniela Schinaider, Universidade Federal do Ceará

Administradora, Doutora em Agronegócios (UFRGS) e Professora EBTT do IFCE.

Kelly Lissandra Bruch, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Bacharel em Direito, Doutora em Direito Privado (UFRGS) e Professora Associada da UFRGS. 

Leonardo Xavier da Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Economista, Doutor em Economia (UFRGS) e Professor Associado da UFRGS. 

Arthur Fernandes Bettencourt, Universidade Federal de Santa Maria

Zootecnista, Doutorando em Zootecnia (UFRGS) e Professor Substituto da UFSM.

Referências

AGFUNDER. AgFunder agri-food tech: investing report: '19 year in review. San Francisco: Agfunder, 2020. Disponível em: www.agfunder.com/research/agfunder-agrifood-tech-investing-report-2019/. Acesso em: 7 nov. 2023.

AIGRAIN, P. Sharing: culture and the economy in the internet age. Amsterdam: Amsterdam University Press, 2012.

ANDRADE, H. G. C.; PINTO, M. R. O que é meu é seu?: seria o consumo colaborativo uma inovação social. Perspectivas Contemporâneas, Campo Mourão, v. 12, n. 2, p. 191-210, maio/ago. 2017. Disponível em: https://revista2.grupointegrado.br/revista/index.php/perspectivascontemporaneas/article/view/2368. Acesso em: 7 nov. 2023.

BARDHI, F.; ECKHARDT, G. M. Access-based consumption: the case of car sharing. Journal of Consumer Research, Oxford, v. 39, n. 4, p. 881-898, Dec. 2012. DOI: https://doi.org/10.1086/666376.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edição 70, 2009.

BELK, R. Why not share rather than own?. The Annals of the American Academy of Political and Social Science, Pensilvânia, v. 611, n. 1, p. 126-140, May 2007. DOI: https://doi.org/10.1177/0002716206298483.

BIANCHI, S. R.; MACEDO, D. A.; PACHECO, A. G. A uberização como forma de precarização do trabalho e suas consequências na questão social. Direitos, Trabalho e Política Social, Cuiabá, v. 6, n. 10, p. 134-156, jan./jun. 2020. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rdtps/article/view/9755. Acesso em:

BOTSMAN, R.; ROGERS, R. O que é meu é seu: como o consumo colaborativo vai mudar o nosso mundo. Porto Alegre: Bookman, 2011.

BREITENBACH, R.; SOUZA, R. S. Estrutura, conduta e governança na cadeia produtiva do leite: um estudo multicaso no Rio Grande do Sul. REAd, Porto Alegre, v. 21, n. 3, p. 750-781, set./dez. 2015. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1413-2311.0372014.53598.

BRUE, S. L. História do pensamento econômico. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

CARFAGNA, L. B.; DUBOIS, E. A.; FITZMAURICE, C.; OUIMETTE, M. Y.; SCHOR, J. B.; WILLIS, M. An emerging eco-habitus: the reconfiguration of high cultural capital practices among ethical consumers. Journal of Consumer Culture, Thousand Oaks, v. 14, n. 2, p. 158-178, Apr. 2014. DOI: https://doi.org/10.1177/1469540514526227.

CARNEIRO, R. M. Os clássicos da economia. São Paulo: Ática, 2002.

CHASE, R. Economia compartilhada: como pessoas e plataformas da Peers Inc. estão reinventando o capitalismo. São Paulo: HSM do Brasil, 2015.

COLLIS, J. Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

COSTA, R. B. Economia da confiança: comunicação, tecnologia e vinculação social. Curitiba: Appris, 2020.

DIAS, C. N.; JARDIM, F.; SAKUDA, L. O. Radar agtech Brasil 2019: mapeamento das startups do setor agro brasileiro. Brasília, DF; São Paulo: Embrapa; Ventures e Homo Ludens, 2019.

DIAS, C. N.; JARDIM, F.; SAKUDA, L. O. (org.). Radar agtech Brasil 2023: mapeamento das startups do setor agro brasileiro. 2. ed. Brasília, DF; São Paulo: Embrapa; Ventures e Homo Ludens, 2023. Disponível em: www.radaragtech.com.br. Acesso em: 7 nov. 2023.

DUBOIS, E.; SCHOR, J.; CARFAGNA, L. Connected consumption: a sharing economy takes hold. Rotman Management, Cambridge, v. 1, p. 50-55, Apr. 2014. Disponível em: https://store.hbr.org/product/connected-consumption-a-sharing-economy-emerges/ROT234. Acesso em: 7 nov. 2023.

DUTIA, S. G. AgTech: challenges and opportunities for sustainable growth. Innovations, Cambridge, v. 9, n. 1/2, p. 161-193, 2014. DOI: http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.2431316.

FELLÄNDER, A.; INGRAM, C.; TEIGLAND, R. Sharing economy: embracing change with caution. Stockholm: Entreprenörskaps, 2015.

FERREIRA, P. C.; ELLERY JÚNIOR, R. G. Crescimento econômico, retornos crescentes e concorrência monopolista. Revista de Economia Política, São Paulo, v. 16, n. 2, p. 86-104, jun. 1996. DOI 10.1590/0101-31571996-0928.

FIGUEIREDO, S. S. S.; JARDIM, F.; SAKUDA, L. O. Relatório do radar agtech Brasil 2020/2021: mapeamento das startups do setor agro brasileiro. Brasília, DF; São Paulo: Embrapa: Ventures e Homo Ludens, 2021.

FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.

GANEM, A. O mercado como ordem social em Adam Smith, Walras e Hayek. Economia e Sociedade, Campinas, v. 21, n. 1, p. 143-164, dez. 2012. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8642297. Acesso em: 7 nov. 2023.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

HAMARI, J.; SJÖKLINT, M.; UKKONEN, A. The sharing economy: why people participate in collaborative consumption. Journal of the Association for Information Science and Technology, New York, v. 67, n. 9, p. 2047-2059, Sept. 2016. DOI 10.1002/asi.23552.

JARDIM, F. Como Israel se tornou referência agritech e o que o Brasil pode aprender com isso. StartAgro, Barueri, 24 abr. 2018. Disponível em: http://www.startagro.agr.br/israel-referencia-agritech-brasil/. Acesso em: 7 nov. 2023.

LIMA, G. Uma interpretação da curva de oferta de Marshall e a arquitetura de uma moderna teoria da oferta e demanda. Econômica, Niterói, v. 4, p. 61-84, dez. 2000. Disponível em: https://livrozilla.com/doc/807304/uma-interpreta%C3%A7%C3%A3o-da-curva-de-oferta-de-marshall-e-a-arqu. Acesso em: 7 nov. 2023.

MARSHALL, A. Princípios de economia: tratado introdutório. São Paulo: Nova Cultural, 1996.

MARTIN, C. J. The sharing economy: a pathway to sustainability or a nightmarish form of neoliberal capitalism?. Ecological Economics, Amsterdam, v. 121, p. 149-159, Jan. 2016. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ecolecon.2015.11.027.

MARVIN, D. R. The second green revolution will bring agri-tech breakthroughs to growers. Industrial Biotechnology, New York, v. 14, n. 3, p. 120-122, June 2018. DOI 10.1089/ind.2018.29129.drm.

MAUGHAN, A. K. S. Major trends in agtech for 2018. San Francisco: Techcrunch, 2018. Disponível em: https://techcrunch.com/2018/03/08/major-trends-in-agtech-for-2018/. Acesso em: 7 nov. 2023.

MENEZES, U. G. Desenvolvimento sustentável e economia colaborativa: um estudo de múltiplos casos no Brasil. 2016. 166 f. Tese (Doutorado em Administração) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/143942/000998068.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 7 nov. 2023.

MÖHLMANN, M. Collaborative consumption: determinants of satisfaction and the likelihood of using a sharing economy option again. Journal of Consumer Behaviour, Hoboken, v. 14, n. 3, p. 193-207, Feb. 2015. DOI: https://doi.org/10.1002/cb.1512.

MONTESANTI, B. Startups expandem para o campo e são promessa para investidores. Folha de São Paulo, São Paulo, 2 fev. 2021. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/02/startups-expandem-para-o-campo-e-sao-promessa-para-investidores.shtml. Acesso em: 7 nov. 2023.

MORAES, I. A. Economia criativa e desenvolvimento sustentável na América Latina: potencialidades e desafios. Diálogo com a Economia Criativa, Rio de Janeiro, v. 3, n. 9, p. 22-43, dez. 2018. DOI 10.22398/2525-2828.3922-43.

MORESI, E. Metodologia da pesquisa. Brasília, DF: Universidade Católica de Brasília, 2003.

MOROZOV, E. To save everything, click here: the folly of technological solutionism. New York: Public Affairs, 2013.

NOGAMI, V. K. Destruição criativa, inovação disruptiva e economia compartilhada: uma análise evolucionista e comparativa. Revista Suma de Negócios, Bogotá, v. 10, n. 21, p. 9-16, jan./jun. 2019. DOI: https://doi.org/10.14349/sumneg/2019.v10.n21.a2.

PASQUALE, F. Two narratives of platform capitalism. Yale Law & Police Review, New Haven, v. 35, n. 1, p. 309-319, 2016. Disponível em: https://yalelawandpolicy.org/two-narratives-platform-capitalism. Acesso em: 7 nov. 2023.

PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 6. ed. São Paulo: Pearson Pretince Hall, 2006.

REIS, R. L.; PERES, V. M.; PIRES, D. F. Trade: desenvolvimento de uma aplicação mobile para troca de produtos usados. Revista Eletrônica de Sistemas de Informação e de Gestão Tecnológica, Franca, v. 9, n. 1, p. 85-108, 2018. Disponível em: http://periodicos.unifacef.com.br/resiget/article/view/1618/1132. Acesso em: 7 nov. 2023.

RODRIGUES, D. F.; JUSTINIANO, L. R. S.; SOUZA, C. H. M. Riqueza das organizações da "nova economia": um recorte histórico. Interdisciplinary Scientific Journal, Glendale, v. 6, n. 4, p. 1-17, 2020.

SCHOR, J. Debating the sharing economy. Cambridge: Great Transition Iniciative, 2014.

SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Nova Cultural, 1997.

SILVA, A. L. G. Concorrência sob condições oligopolística: contribuição das análises centradas no grau de atomização/concentração dos mercados. 2. ed. Campinas: Unicamp, 2010.

SILVEIRA, A. B. Economia colaborativa: reflexões a partir da literatura. Revista de Gestão do Unilasalle, Canoas, v. 6, n. 2, p. 143-161, jul. 2017. DOI 10.18316/desenv.v6i2.3378.

SILVEIRA, L. M.; PETRINI, M.; SANTOS, A. C. M. Z. Economia compartilhada e consumo colaborativo: o que estamos pesquisando? REGE, São Paulo, v. 23, n. 4, p. 298-305, out./dez. 2016. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rege.2016.09.005.

SIQUEIRA, L. D.; CRISPIM, S. F. Modelos de negócio na era digital. Espacios, Caracas, v. 33, n. 7, p. 21, out. 2012. Disponível em: https://www.revistaespacios.com/a12v33n07/12330721.html. Acesso em: 7 nov. 2023.

SMITH, A. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. São Paulo: Nova Cultural, 1996.

STOKES, K.; CLARENCE, E.; ANDERSON, L.; RINNE, A. Making sense of the UK collaborative economy. London: Collaborative Lab, 2014.

TIRONI, L. F.; CRUZ, B. O. Inovação incremental ou radical: há motivos para diferenciar? uma abordagem com dados da PINTEC. Rio de Janeiro: IPEA, 2008.

VILLANOVA, A. L. I. Modelos de negócio na economia compartilhada: uma investigação multi-caso. 2015. 125 f. Dissertação (Mestrado em Administração Pública e de Empresas) - Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: https://repositorio.fgv.br/items/273ccdc1-aa6e-4ba0-8193-307ed1671f4f. Acesso em: 7 nov. 2023.

VOLPATO JÚNIOR, P. E.; SORDI, V. F. Bases mais sólidas para as pesquisas em Agtechs: uma revisão sistemática integrativa de literatura. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DE GESTÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO, 4., 2020, Naviraí. Anais [...]. Naviraí: UFMS, 2020. p. 1-7. Disponível em: https://periodicos.ufms.br/index.php/EIGEDIN/article/view/11503/8241. Acesso em: 7 nov. 2023.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

Downloads

Publicado

16-05-2025

Como Citar

SCHINAIDER, Anelise Daniela; BRUCH, Kelly Lissandra; SILVA, Leonardo Xavier da; BETTENCOURT, Arthur Fernandes. Caracterização das Agtechs nas novas economias: um estudo comparativo com as tradicionais economias. Economia & Região, [S. l.], v. 13, p. e51329, 2025. DOI: 10.5433/2317-627X.2025.v13.51329. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/ecoreg/article/view/51329. Acesso em: 14 nov. 2025.