O uso de recursos energéticos renováveis e não renováveis e sua influência na variação da renda nacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2317-627X.2021v9n2p195

Palavras-chave:

produção de energia, crescimento da renda, energia renovável, energia não-renovável,

Resumo

A preocupação com utilização de recursos na economia e o equilíbrio com o meio ambiente são um ponto de convergência e de interesse para toda a sociedade. O objetivo deste estudo é mensurar o impacto da produção e consumo de energia, capital e trabalho frente ao crescimento econômico do Brasil, buscando evidenciar se esse crescimento foi induzido por políticas públicas de geração de energia renovável ou não. Para tanto, mensurou-se dois modelos de série temporal via Método dos Mínimos Quadrados Ordinários. Os resultados encontrados demonstram a influência positiva das energias renováveis frente as variações da renda e negativas as variações da produção de energias não renováveis. Aumentos de 1% na produção de energia renovável causam aumentos de 0,39% na renda o contrário também é verdadeiro. Os períodos da inversão da matriz energética nacional e o marcado pelo incentivo à produção de biocombustíveis, mostraram-se significativos para influenciar a variação da renda nacional.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Elen Presotto, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Doutoranda em Agronegócios da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Edson Talamini, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Professor Doutor do Departamento de Economia e Relações Internacionais - DERI, Faculdade de Economia - FCE,  da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Referências

ANG, J. B. CO 2 emissions , energy consumption , and output in France. [s. l.], v. 35, p. 4772–4778, 2007.

ANP, (Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis). Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. 2018.

AUSUBEL et al. Energy and Environment: The Light Path. Energy Systems and Policy; (United States), New York, v. 15:3, 1991.

BANCO MUNDIAL, T. W. B. World Development Indicators Database. 2018.

BOWDEN, N.; PAYNE, J. E. The causal relationship between U.S. energy consumption and real output: A disaggregated analysis. Journal of Policy Modeling, [s. l.], v. 31, n. 2, p. 180–188, 2009.

BRASIL. Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997. Dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo e dá outras providências.1997. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9478.htm>. Acesso em: 7 jan. 2021.

BRASIL. Lei no 13.576, de 26 de Dezembro de 2017. Dispõe sobre a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) e dá outras providências.2017.

BRASIL, (Empresa de Pesquisa Energética). Balanço Energético Nacional. 2018.

BRASIL, (Ministério de Minas e Energia). Análise de Conjuntura dos Biocombustíveis Ano 2018. Brasilia-DF.

CLEVELAND, C. J. Biophysical economics: Historical perspective and current research trends. Ecological Modelling, [s. l.], v. 38, n. 1–2, p. 47–73, 1987.

CONGLETON, R. D. Political institutions and pollution control. Review of Economics & Statistics, [s. l.], v. 74, n. 3, p. 412–421, 1992.

DAHL, C. A. Policies and International Energy Markets. Tulsa, Oklahoma.

EIA, (U.S. Energy Information Administration). Country analysis brief: Brazil. [s.l: s.n.].

ERDAL, G.; ERDAL, H.; ESENGÜN, K. The causality between energy consumption and economic growth in Turkey. Energy Policy, [s. l.], v. 36, n. 10, p. 3838–3842, 2008.

HERRERIAS, M. J.; JOYEUX, R.; GIRARDIN, E. Short- and long-run causality between energy consumption and economic growth: Evidence across regions in China. Applied Energy, [s. l.], v. 112, p. 1483–1492, 2013.

LEE, C. C.; CHANG, C. P. Energy consumption and economic growth in Asian economies: A more comprehensive analysis using panel data. Resource and Energy Economics, [s. l.], v. 30, n. 1, p. 50–65, 2008.

LIU, X. Aggregate and disaggregate analysis on energy consumption and economic growth nexus in China. Environmental Science and Pollution Research, Verlag, v. 25, n. 26, p. 26512–26526, 2018.

MENEGAKI, A. N. Growth and renewable energy in Europe: A random effect model with evidence for neutrality hypothesis. Energy Economics, [s. l.], v. 33, n. 2, p. 257–263, 2011.

MUELLER, C. Avaliação de duas correntes da economia ambiental: escola neoclássica e a economia da sobrevivência, 1998.

OECD/IEA, (Organisation for Economic Co-operation and Development/International Energy Agency). Worldwide Trends in Energy Use and EfficiencyInternational Energy Agency. [s.l: s.n.], 2008.

PAYNE, J. E. On the dynamics of energy consumption and output in the US. Applied Energy, [s. l.], v. 86, n. 4, p. 575–577, 2009.

PEET, J. Economic Systems and Energy, Conceptual Overview. In: Encyclopedia of Energy. [s.l: s.n.]. p. 103–115.

SAES, B. M. Macroeconomia Ecológica: O Desenvolvimento De Abordagens E Modelos a Partir Da Economia Ecológica. 2015.

UNFCCC, (United Nations Framework Convention on Climate Change). The Paris Agreement | UNFCCC. 2021.

VEIGA, J. E. Da. Sustentabilidade: a legitimação de um novo valor. São Paulo: Editora Senac, 2010.

VICTOR, P. Questioning economic growth. Nature, [s. l.], v. 468, n. 7322, p. 370–371, 2010.

WOOLDRIDGE, J. M. Introdução à econometria: uma abordagem moderna. 4 ed ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

ZAIDI, S.; GMIDEN, S.; SAIDI, K. How energy consumption affects economic development in select African countries. Quality & Quantity, [s. l.], v. 52, n. 1, p. 501–513, 2018.

ZHANG, X. P.; CHENG, X. M. Energy consumption, carbon emissions, and economic growth in China. Ecological Economics, [s. l.], v. 68, n. 10, p. 2706–2712, 2009.

Downloads

Publicado

01-06-2021

Como Citar

Presotto, E., & Talamini, E. (2021). O uso de recursos energéticos renováveis e não renováveis e sua influência na variação da renda nacional. Economia & Região, 9(2), 195–210. https://doi.org/10.5433/2317-627X.2021v9n2p195

Edição

Seção

Artigos