Incentivos fiscais e as variações locacionais dos ramos agroalimentares no Tocantins

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2317-627X.2018v6n1p129

Palavras-chave:

Desenvolvimento Regional, Políticas Públicas

Resumo

O artigo analisa as variações locacionais dos ramos agroalimentares no Tocantins entre os anos de 2006, 2011 e 2015. Nesse período, com o propósito de agregar valor na produção agrícola, o governo estadual criou incentivos fiscais a fim de trazer investidores privados. Em vista disso, a pesquisa utilizou o Quociente Locacional (QL) para detectar se houve crescimento na quantidade de municípios que desenvolveram tais atividades produtivas. Os resultados demonstraram que existem evidências que apontam uma associação entre incentivos fiscais e a quantidade de municípios tocantinenses especializados nessas indústrias. Por outro lado, constatou-se que o fenômeno aconteceu por meio da verticalização de atividades rurais consolidadas como a pecuária bovina e o plantio de cereais. Em relação à inovação, a restrita difusão da cadeia de frutas e hortaliças comprovou que nesse aspecto houve deficiência. Diante disso, sugere-se a reformulação das políticas de incentivos fiscais em prol da diversificação da base econômica do estado do Tocantins.

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Biografia do Autor

Thiago José Arruda Oliveira, Universidade Federal do Tocantins - UFT

Doutorado em Desenvolvimento Regional e Agronegócio pela
Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Bolsista na Universidade Federal do Tocantins.

Waldecy Rodrigues, Universidade Federal do Tocantins - UFT

Pós Doutor em Economia pela Universidade de Brasília. Professor da Universidade Federal do Tocantins.

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Publicado

03-05-2018

Como Citar

Oliveira, T. J. A., & Rodrigues, W. (2018). Incentivos fiscais e as variações locacionais dos ramos agroalimentares no Tocantins. Economia & Região, 6(1), 129–145. https://doi.org/10.5433/2317-627X.2018v6n1p129

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