Percorrendo Remediações: a nostalgia colonial em Tabu (Miguel Gomes, 2012).

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n31p116

Resumo

Neste artigo, proponho pensar as ativações de nostalgia colonial no filme Tabu (2012), do diretor português Miguel Gomes. Esta nostalgia é produzida, dentre outros fatores, pelo contraste criado entre um presente melancólico na Lisboa de 2011 (Paraíso Perdido, parte I) e um passado romantizado situado numa colônia portuguesa ficcional em África, às vésperas da Guerra Colonial (1961-1975) (Paraíso, parte II). De acordo com Gomes, Tabu não pretende ser uma crítica ao colonialismo português e à memória deste passado no presente. O diretor vincula o seu filme a uma reflexão metaficcional sobre "Eras Douradas" do cinema ocidental. Porém, devido ao olhar eurocêntrico que perpetua, meu objetivo é relacionar a nostalgia colonial em Tabu à remediação de dispositivos de mídia que praticam uma visualidade etnográfica, em especial, alguns filmes do cinema clássico hollywoodiano. Por fim, cabe perguntar o quanto Tabu questiona e o quanto naturaliza os regimes visuais praticados.

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Publicado

2022-12-01

Como Citar

Rozas, R. (2022). Percorrendo Remediações: a nostalgia colonial em Tabu (Miguel Gomes, 2012). Domínios Da Imagem, 16(31), 116–156. https://doi.org/10.5433/2237-9126.2022v16n31p116

Edição

Seção

Artigos gerais