"Ideias, escopetas e bacilos": políticas de saúde do SPI (serviço de proteção aos índios) e os diálogos com as populações indígenas do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/2237-9126.2016v10n19p133Palavras-chave:
Políticas de saúde, Serviço de Proteção ao Índio, Populações indígenas.Resumo
O trabalho discute primeiramente como as políticas de saúde do SPI (Serviço de Proteção ao Índio /1910-1967) foram pensadas, articuladas, colocadas em prática a partir de suas ligações com as políticas e ideais nacionais de civilização e progresso, bem como os pressupostos científicos vigentes no período. Em seguida analiso como as sociedades indígenas receberam e responderam a estas ações, enfocando particularmente as diferentes narrativas e lógicas culturais que perpassavam o contato, os diálogos e mediações frente à inserção das ideias de saneamento, higienização, medicalização e cura.
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