Escutas da imagem: as resultantes do som nos componentes semióticos da linguagem visual
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-7939.2014v10n16p269Palavras-chave:
Teses e Dissertações. Análise Semiótica. Sinestesia. Estética.Resumo
Este trabalho analisa os efeitos comunicacionais e estéticos produzidos na relação entre os elementos imagéticos e sonoros dos filmes Vermelho Como o Céu, de Cristiano Bortone, e Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick. A fundamentação teórica provém das categorias de sons e dos modos de escuta contemplados na Teoria Cinematográfica de Produção Sonora (FilmSound) proposta por Michel Chion e são relacionados às bases semióticas de C.S. Peirce. Utiliza também o conceito de imagem endógena de Hans Belting, as contribuições de Vilém Flusser acerca da construção das imagens mentais, e os conceitos das categorias estéticas tratadas por Sánches Vázquez e Umberto Eco. Analisando algumas sequências segundo as escutas reduzida, causal e semântica, pode-se afirmar que o som agrega à cena elementos importantes que contribuem para o resultado final, seja este de valor comunicacional ou estético. Conclui-se, em Vermelho Como o Céu, que o código sonoro contribui efetivamente para o realce das relações sinestésicas do filme além de funcionar como elemento gerador de sentindo na narrativa, pois é posto como principal elemento na construção imagética mental nos momentos em que o enredo aborda o comprometimento do sentido da visão. Em Laranja Mecânica, o som é componente responsável pela geração da ambiguidade presente na maior parte do filme, sobretudo nos momentos de aplicação da violência civil e de sistema. Pode-se afirmar que, nesse filme, a seleção musical cumpriu a finalidade de, ao agregar à cena elementos estéticos contrastantes aos imagéticos, produzir uma sensação de realce do grotesco pela mistura de prazer e horror e, por vezes, pela presença do cômico.
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