Aspectos imunológicos e correlação clinicopatológica da infecção pelo vírus SARS-CoV-2 em pacientes oncológicos

Resumen

Introdução: O novo coronavírus, SARS-CoV-2, está associado a um amplo espectro de quadros clínicos que caracterizam a doença denominada COVID-19. A infecção por SARS-CoV-2 tem se destacado pelo seu curso grave, especialmente em subgrupos de pacientes nos quais possivelmente exista alguma doença de base associada a possíveis falhas nos mecanismos da resposta imunológica, especialmente nas doenças de curso crônico como o câncer. Neste contexto, pacientes oncológicos são extremamente suscetíveis à COVID-19 devido à supressão do sistema imunológico. Objetivos: Discutir os principais aspectos imunopatológicos relacionados à infecção pelo novo coronavírus em pacientes oncológicos, bem como sua correlação com os sinais e sintomas destes pacientes e o mecanismo de ação das drogas atualmente utilizadas para seu tratamento. Método: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa por meio das plataformas Pubmed e Scielo, correlacionando os estudos mais recentes acerca de COVID-19, imunossupressão e câncer. Resultados: Pacientes oncológicos são extremamente suscetíveis à COVID-19 devido à supressão do sistema imunológico desencadeada pelos mecanismos de evasão tumoral e pela imunossupressão sistêmica severa oriunda do tratamento quimioterápico. Conclusão: A resposta imune desregulada que o tumor por si só estabelece no paciente oncológicos já representa uma situação grave e quando a COVID-19 acomete esse paciente imunossuprimido, torna-se insustentável. Logo, os cuidados devem ser mais rígidos, a fim de evitar a contaminação por esse vírus e desfechos clínicos que comprometam ainda mais o sistema imune do paciente oncológico.