Sabiá no III Festival Internacional da Canção: vaia e ocaso da estética bossa novista de Tom Jobim

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2015v8n15p43

Palabras clave:

História da música, Música popular, Festivais da canção, Tom Jobim, Sabiá

Resumen

Este artigo aborda a canção Sabiá, composição de Tom Jobim e Chico Buarque. Mobiliza diferentes séries de fontes com o objetivo de reconstituir historicamente a vaia à apresentação da canção durante o III Festival Internacional da Canção, realizado em 1968 na cidade do Rio de Janeiro. Procura evidenciar como este episódio catalisou a existência de diferentes expectativas sobre a canção popular e seu papel como veículo para ideais de modernidade em meio às interferências do ambiente autoritário no campo cultural e político. Em seguida, com base na análise dos parâmetros constitutivos da canção, sugere possibilidades de compreensão de sua construção poético musical em diálogo crítico com suas reverberações no plano cultural.

Biografía del autor/a

Fabio Guilherme Poletto, Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR

Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo. Professor Adjunto da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Professor da Universidade Estadual do Paraná.

Citas

A SALA do Tom. Jornal do Brasil, 24 ago. 1968. Disponível em: http://www.jobim.org/jobim/handle/2010/9663#. Acesso em: 20 fev. 2015.

A TOM o que é de Tom”. Última Hora, 01 out. 1968.

AS COMBATIDAS flores de Geraldo Vandré. Veja, 9 out. 1968, p. 54.

BRAGA, Rubem. Vandré e o Sabiá. Diário de Notícias, 3 out. 1968. Arquivo IACJ, Coleção Imprensa. Disponível em: http://www.jobim.org/jobim/handle/2010/9792. Acesso em: 20 fev. 2015.

CABRAL, Sérgio. Antônio Carlos Jobim: uma biografia. Rio de Janeiro: Lumiar, 1997.

CAMPOS, Augusto. Balanço da Bossa e outras bossas. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 1993.

CEZIMBRA, Márcia; CALLADO, Tessy; SOUZA, Tárik de. Tons sobre Tom. Rio de Janeiro: Revan, 1995.

CODATO, Adriano. O Golpe de 1968 e o Regime de 1968: Aspectos conjunturais e variáveis históricas. História: Questões & Debates, n. 40, 2004.

COSTA, Haroldo. “Sabiá na primavera”. Diário de Notícias, 2ª. Seção, Coluna Música Popular, 01/10/68, p. 2.

COSTA, Octávio. As Flores do Vandré. Jornal do Brasil, 06 out. 1968. p. 36. Caderno 1.

CYNARA e Cybele cantam Sabiá - FIC 1968 - Rede Globo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Zhxcu55PRHI. Acesso em: 22 jan. 2015.

DEPOIS da vitória. O Cruzeiro, 19 out. 1968.

DOIS ACORDES, uma canção. O Globo, 2 out. 1968. Arquivo IACJ, Coleção Imprensa.

DUPIN, Hugo. Respeitem Tom Jobim. Diário de Notícias, 2. Seção, 6 out. 1968, p. 8.

GALVÃO, Walnice. MMPB: uma análise ideológica. In GALVÃO, Walnice. Sacos de gatos: ensaios críticos. São Paulo: Duas Cidades, 1976.

GARCIA JR., Walter. Um mapa para se estudar Chico Buarque. Revista do IEB, n. 43, p. 187-210, set. 2006.

HOLANDA, Nestor de. Festival (1). Diário de Notícias, 2 out. 1968. Arquivo IACJ, Coleção Imprensa. Disponível em: http://www.jobim.org/jobim/handle/2010/9791. Acesso em: 20 fev. 2015.

JOBIM, Antonio Carlos. Depoimento para a posteridade. Entrevista ao MIS-RJ. 25 ago. 1967. Arquivo IACJ, Coleção Áudio e Vídeo. Disponível em: http://www.jobim.org/jobim/handle/2010/10958. Acesso em: 20 jul. 2014.

JOBIM, Antonio Carlos. Rio Revisited. 1 disco: estéreo. Polygram, 1987.

JOBIM, Antonio Carlos. Stone Flower. 1 CD 2 045480 Legacy/Epic Records. s/d. Reedição do original em LP, de 1970.

JOBIM, Antonio Carlos. Terra Brasilis. 2 discos: 33 1/3rpm; estéreo; 12 pol. Warner Bros Records Inc., 1980.

JOBIM, Paulo et al. Cancioneiro Jobim. Obras Completas. Rio de Janeiro: Jobim Music, 2001. v. 2, 3.

KOSTKA, S.; PAYNE, D. Tonal Harmony: with an introduction to twentieth-century music. New York: McGraw-Hill, 1995.

MAMMI, Lorenzo. Canção do Exílio. In: NESTROVSKI, Artur. (Org.) Três canções de Jobim. São Paulo: Cosac Naify, 2004. p. 9-29.

MARZAGÃO desmente que SNI tenha vetado apresentação de Vandré no Maracanãzinho. Jornal do Brasil, 4 out. 1968, p. 13. Caderno 1.

MELLO, Zuza Homem de. A Era dos Festivais – uma parábola. São Paulo: Ed. 34, 2003.

MIS lança novo disco e dá nome de Tom à sala. O País, 24 ago. 1968. Arquivo IACJ, Coleção Imprensa. Disponível em: http://www.jobim.org/jobim/handle/2010/9679. Acesso em: 20 fev. 2015.

MUSEU da Imagem e do Som tem agora sala Tom Jobim. O Globo, 24 ago. 1968. Disponível em: http://www.jobim.org/jobim/handle/2010/8432/search;?query=MIS+agora+tem+sala+Tom+Jobim. Acesso em: 20 fev. 2015.

MUSEU do Som dá nome de Tom Jobim à sala de música. Correio da Manhã, 24/08/68. Arquivo IACJ, Coleção Imprensa. Disponível em: http://www.jobim.org/jobim/handle/2010/9660. Acesso em: 20 fev. 2015.

MÚSICA e Política. Jornal do Brasil, 1 out. 1968. Arquivo IACJ, Coleção Imprensa. Disponível em:http://www.jobim.org/jobim/handle/2010/9753. Acesso em: 20 fev. 2015.

NAPOLITANO, Marcos. Seguindo a canção: engajamento político e Indústria Cultural na trajetória da Música Popular Brasileira (1959/1969). 1998. Tese (Doutorado em História Social) - FFLCH/USP, São Paulo, 1998.

O TOM do Festival. Revista O Cruzeiro, 12 out. 1968. Arquivo IACJ, Coleção Imprensa.

OLIVEIRA, José Carlos. Quem avisa amigo é. Jornal do Brasil, 2 out. 1968, p. 2. Caderno B.

POLETTO, Fabio Guilherme. As noites que eu não queria: Tom Jobim no III Festival Internacional da Canção de 1968. In: CONGRESSO DE MÚSICA, HISTÓRIA E POLÍTICA, 1., 2012, 2012. Disponivel em: https://musicahistoriaepolitica.files.wordpress.com/2013/06/fanio-poletto-as-noites-que-eu-nc3a3o-queria.pdf . Acesso em: 13 fev. 2015.

PY, Pedro Oliveira. Estrutura Tonal na obra de Tom Jobim: uma abordagem schenkeriana da canção Sabiá. 2004. Dissertação (Mestrado em Musicologia) - Escola de Música, UFRJ. Rio de Janeiro.

RIBEIRO, Solano. Prepare o seu coração: a história dos grandes festivais. São Paulo: Geração, 2003.

RODRIGUES, Nelson. A ira do Vandré foi um belo momento Shakespeariano. O Globo, 1 out. 1968, p. 3.

SABINO, Fernando. A guerra da canção. Manchete, 19 out. 1968, p. 104.

STROUD, Sean. The Defence of Tradition in Brazilian Popular Music – Politics, Culture and the Creation of Música Popular Brasileira. Hampshire: Ashgate, 2008.

TINÉ, Paulo José de Siqueira. Três compositores da música popular do Brasil: Pixinguinha, Garoto e Tom Jobim – Uma análise comparativa que abrange o período do Choro à Bossa Nova. 2001. Dissertação (Mestrado em Musicologia) - Escola de Comunicações e Artes –SP, São Paulo.

TOM Jobim é nome de sala no MIS. Diário de Notícias, 24/08/68. Arquivo IACJ, Coleção Imprensa. Disponível em: http://www.jobim.org/jobim/handle/2010/9664. Acesso em: 20 fev. 2015.

WOLFF, Mauro. Festival, Festival! Por que nos persegues? Jornal do Brasil, 2 out. 1968, p. 2. Caderno B.

20 MIL pessoas contra 15 jurados: a primeira batalha do festival. Revista Manchete, 12 out. 1968. Arquivo IACJ, Coleção Imprensa. Disponível em: http://www.jobim.org/jobim/handle/2010/9842. Acesso em: 20 fev. 2015.

Publicado

2015-07-31

Cómo citar

POLETTO, Fabio Guilherme. Sabiá no III Festival Internacional da Canção: vaia e ocaso da estética bossa novista de Tom Jobim. Antíteses, [S. l.], v. 8, n. 15, p. 43–66, 2015. DOI: 10.5433/1984-3356.2015v8n15p43. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/21132. Acesso em: 23 jul. 2024.