Exílio, Vigilância e Censura: O historiador Rafael Altamira e o Estado Novo espanhol

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2021v14n28p312

Palavras-chave:

Rafael Altamira, Franquismo, Exílio, Vigilância, Censura

Resumo

O propósito central do artigo é resgatar a trajetória do historiador Rafael Altamira, sobrevivente do Novo Estado espanhol que tomou o caminho do exílio no final da Guerra Civil e resistiu ao regime franquista ao longo de sua vida. O historiador esteve na mira da polícia franquista, migrou para a América, fixando-se no México como exilado e articulador da resistência no campo intelectual. Por este motivo, teve a sua produção permanentemente submetida às novas regras de publicação, incluindo tradução dos seus livros com trechos suprimidos, bem como anulação ou revalidação da sentença censória. Identificar as regras estabelecidas pelo aparato censório e o modo operativo que se configurava em proibição, liberação parcial ou total dessas obras foram objetivos que formataram a pesquisa. Com isso, asseveramos a existência de uma vigilância permanente sob tais publicações e seus respectivos autores, editores e leitores submetidos à lógica de suspeição e inculpação. Através do estudo deste caso, pretende-se evidenciar as vicissitudes de um regime ditatorial que maculou a liberdade de expressão de parte dos seus intelectuais, alguns confinados ao silêncio e autorrepressão, outros condenados à uma vida no exílio como modo de sobrevivência cultural. 

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Biografia do Autor

Lucileide Costa Cardoso, Universidade Federal da Bahia

Profa. Associada IV do Departamento e do PPGH/UFBA. Professor Visitante Sênior da Universidade Autônoma de Madri, Programa CAPES/PRINT, Processo 88887.470137/2019-00, mar./20-fev./21. 

Áreas :História Contemporânea, História do Brasil Republicano, História da Ditadura Civil-Militar

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Publicado

02-02-2022

Como Citar

CARDOSO, Lucileide Costa. Exílio, Vigilância e Censura: O historiador Rafael Altamira e o Estado Novo espanhol. Antíteses, [S. l.], v. 14, n. 28, p. 312–345, 2022. DOI: 10.5433/1984-3356.2021v14n28p312. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/43461. Acesso em: 21 nov. 2024.