A teoria dos quatro impérios como elemento oposto ao helenismo e a Roma
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2010v3n5p395Palavras-chave:
Teoria dos Quatro Impérios, Daniel 2 e 7, Pergaminhos do Mar Morto, Heródoto, Hesíodo, Oráculo de HistaspesResumo
Este artigo analisa os textos de Daniel 2 e 7, e os Manuscritos do Mar Morto (4Q243-44 4Q245 Pseudo-Daniel; 4Q552 e 4Q553/4Q Quatro Reinos) em comparação com as teorias gregas de Hesíodo e Heródoto. Disse teoria sobre a sucessão de impérios (assírios/babilônicos, medos, persas, Macedônia, Roma), um mais forte que o outro, que se sucedem; aparece atestado na literatura persa, greco-romana, helenística e nos círculos daniélicos. Os historiadores romanos, que usaram as fontes gregas e acrescentaram o romano como o quinto império, como o mais forte e indestrutível. Em nossa pesquisa localizamos influências persas e gregas atestadas no substrato mais antigo de Daniel, juntamente com tradições proféticas no Antigo Testamento, e demonstramos que a teoria foi usada de forma diferente nos círculos apocalípticos judaico-palestinos. A diferença mais notável entre as fontes greco-romanas e Daniel (AT ou Qumran) é que o quinto império (Roma) nunca foi adicionado em Daniel e que Daniel 7 enfatiza explicitamente que após a derrota do quarto império (selêucida-helenístico), por parte do reino dos Santos do Altíssimo, chegaria o atemporal "Reino de Deus", cujo rei seria um "Filho do Homem", representante direto do Deus de Israel.Downloads
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