Quando o ataque é a melhor defesa: interrogatórios políticos da Oban e do DOI-CODI
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2009v2n4p769Palavras-chave:
ditadura militar, repressão política, órgãos repressivos, polícia política, interrogatórios, BrasilResumo
Nos anos 1960 e 1970, no Brasil, as Forças Armadas envolveram-se na repressão política sob inspiração da doutrina de Segurança Nacional e do pensamento militar francês sobre a Guerra Revolucionária. Segundo essas teorias, o novo tipo de guerra, que combinava operações bélicas e propaganda política, exigia não apenas um firme combate das Forças Armadas e da p0lícia, como o pleno conhecimento das técnicas e táticas do inimigo, o que se fazia por meio de rigoroso controle de informações. Grande parte dessas informações foi obtida através de interrogatórios, sob tortura, de presos políticos. A problemática desse artigo gira em torno dos temas desses interrogatórios, bem como do uso provável dos dados recolhidos. Pode-se dizer, grosso modo, que serviram em três frentes de atuação: localizar o inimigo, conhecer a estrutura e modus operandi de suas organizações e avaliar o grau de envolvimento dos militantes em atividades de cunho político.
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